Vida Saudável
Corrida, um esporte minimalista
Sempre adorei praticar esportes. Desde criança. Atualmente, eu pratico tênis e corrida. Tênis é muito divertido, mas é um dos esportes mais complicados de se praticar, porque exige muita técnica, equipamentos caro, uma quadra, pelo menos um oponente... Já a corrida é uma coisa linda de esporte minimalista.
Ia escrever sobre isso, mas lembrei que já escrevi em um blog que eu tentei criar e que acabei largando duas vezes. Vou aproveitar o texto de lá então, que escrevi em fevereiro de 2010. Lá vai:
Há alguns anos, para melhorar meu desempenho na capoeira, comecei a praticar corrida. Eu adoro correr. Acho o esporte mais democrático e acessível de todos. Você não precisa pagar um lugar, nem um professor. Pode ir sozinho ou acompanhado, a hora que quiser, onde quiser. Olha que liberdade...
Qualquer um pode correr. É só colocar seu tênis (ou não... nem o tênis é pré-requisito) e ir pra rua correr. Simples, não?
Mas aí o negócio virou moda. E logo logo encontraram um jeito de ganhar dinheiro com corrida. Então, os ricos foram aderindo e, de repente, para correr "é preciso" ter um tênis de 500 reais, um monitor cardíaco de outros 500 reais (fundamental, dizem), frequentar cardiologista e nutricionista do esporte, participar de todas as corridas da Adidas, da Nike e de qualquer outra marca que resolva fazer corridas (e são muitas, viu? virou dinheiro fácil) por módicos 70 reais em média. Isso fora o ipod, o acessório para pregá-lo no braço, as garrafinhas de água, os shorts e as blusas de materiais carérrimos, os géis repositores de não sei o quê.
Ah... E tem o personal runner. Quer coisa mais ridícula? Alguém pra te ensinar a correr? Como assim te ensinar a correr? A gente aprende isso lá com 2 anos de idade, não?
Bom... De repente, todo mundo da classe média (e um pouco acima) corre. E todo mundo entra fácil no esquema. Eu resisti, viu? Quase comprei o monitor cardíaco, mas cheguei à conclusão que eu consigo sentir se meu batimento está acelerado demais ou de menos. Meu coração está dentro de mim. Eu sinto ele batendo. Não preciso do aparelho para isto, certo? Então continuo no meu esporte democrático e econômico.
PS: Com relação ao que eu pensava em 2010, eu só acho que o personal runner pode ser útil se a pessoa quiser treinar pra disputar maratonas. Poderia ser útil pra alguém com alguma dificuldade física, mas nesse caso acho melhor procurar um fisioterapeuta. E, para que qualquer pessoa não se machuque, é fundamental não exagerar, começar aos pouquinhos, prestar atenção no próprio corpo... Bom... Acho que isso merece outro post. :)
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