Sobre: abrir as mãos, soltar as pedras e estender os braços.
Vida Saudável

Sobre: abrir as mãos, soltar as pedras e estender os braços.



Sobre: abrir as mãos, soltar as pedras e estender os braços... ou simplesmente, sobre uma vida mais leve!


Precisamos abrir nossas mãos e soltar as pedras que temos para atirar ao fazermos nossos julgamentos.

Com as mãos vazias, mas o coração cheio de compaixão, precisamos repensar nossas atitudes e perguntar a nós mesmos: o que posso fazer para ajudar? Quais atitudes práticas posso ter no dia-a-dia que irão amenizar as dificuldades do meu próximo?

Neste caso específico, estou falando das famílias de pessoas com necessidades de cuidados especiais e/ou com deficiências.

Temos visto nos noticiários, vários casos de problemas muito sérios (homicídio, suicídio, abandono, desestrutura emocional...) presentes em algumas dessas famílias.

Meu coração se compadece e fica apertado quando penso na criança, no que ela está passando, sentindo, vivenciando. É triste demais, é sofrido demais, é injusto demais!

Mas, meu coração também fica apertado quando penso nos pais, muitas vezes sem informações, sem apoio, sem estrutura, totalmente perdidos no caminho.

De forma alguma, quero justificar as atitudes e decisões dos pais, quero apenas uma pausa para soltar as pedras e repensar algumas coisas.

Parece clichê, mas é verdade: só quem vive, sabe a dificuldade que é. Dificuldades em todos os níveis: físico, mental, emocional. É uma pressão e um cansaço sem fim e que não passa com uma noite de sono.
Mas, que no entanto, podem ser amenizados quando se tem apoio. Apoio familiar, apoio de terapeutas, apoio de amigos, apoio de conselheiro espiritual, apoio de vizinhos, apoio...

Não se trata apenas de respeito, mas sim de apoio PRÁTICO, no dia-a-dia. E, não! Não estou pedindo muito, apenas que possamos olhar para o próximo e ajudar no que estiver ao nosso alcance.

Pais de filhos com necessidades especiais de cuidados e/ou com deficiência, trilham um caminho muito diferente comparado ao de outros com crianças típicas. Muitas vezes, nos sentimos isolados do mundo e das pessoas.

O governo tem sua responsabilidade a cumprir, através de políticas públicas. A sociedade tem o seu papel a cumprir em diversos setores. E nós, como seres humanos, também temos nossa responsabilidade individual.

Dá para sorrir todos os dias para sua vizinha, mãe de autista, mesmo que ela esteja com aquela cara meio "amarga", após noites sem dormir (a cara "amarga" não é para você, é a penas reflexo de momentos que ela tem vivido).

Dá para auxiliar uma mãe que você nem conhece, mas que foi ao supermercado com o filho que tem mobilidade reduzida e precisa carregar o filho, a bolsa, a cadeira de rodas e as sacolas das compras, mesmo depois de um dia em que ela correu tanto com as terapias e nem teve tempo de almoçar.

Dá para tomar um café com a sua amiga, mãe de uma adolescente com deficiência, sem ter vergonha de permanecer na padaria com uma garota de 15 anos que ainda bába e usa fraldas, mas que adora um pão-de-queijo, adora ver pessoas e estar acompanhada.

Dá para acompanhar sua amiga ao cabeleireiro e ficar de "babá" na sala de espera, distraindo o filho dela de 8 anos que tem TDHA. Sem essa ajuda, sua amiga pode ficar meses e meses sem ao menos cortar o cabelo.

Dá para cumprimentar e buscar interagir com toda e qualquer criança com deficiência que você encontrar, principalmente com aquelas com as quais você convive, seja no seu bairro, na igreja, em sua comunidade, no portão da escola do seu filho. Você pode olhar além do diagnóstico, além da aparência. Garanto que você verá uma criança com personalidade sem deficiência.

Dá para passar duas ou três horas assistindo desenho animado ou brincando com o filho especial dos seus amigos e deixar claro para aquele casal que aquela noite é só deles, que eles podem sair para jantar e ter um momento romântico como eles não têm há anos.

Dá para incentivar seus filhos a interagir com crianças que têm algumas necessidades diferentes das delas, mas também tem outras bem idênticas, como as de brincar, de ter amigos e de se sentirem aceitas.

Você não tem que ser uma palestrante, terapeuta, ou líder de um famoso ministério ou organização, para fazer a diferença na vida de outra pessoa.

Você só precisa ter os olhos abertos para enxergar a família e, sem pedras, fazer uma leitura do que ela vivencia. O coração aquecido e sensível para perceber quais são as necessidades. Os braços abertos, para agir.

Você não precisa ser um especialista no diagnóstico do filho dos seus amigos. Você não precisa ter todas as respostas. Basta mostrar que você se importa e está lá!

Você pode até não acreditar, mas é esse tipo de atitude SUA que vai ajudá-los a respirar um pouco mais fácil!


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