Rins saudáveis dependem de uma alimentação saudável
Vida Saudável

Rins saudáveis dependem de uma alimentação saudável




Pode ser que não pense muito na saúde dos seus rins mas, com o avançar da idade, será bom prestar atenção na forma como o seu estilo de vida afecta este importante par de órgãos. De acordo com um painel de especialistas estabelecido pela National Kidney Foundation, 20 milhões de americanos estão em risco de contrair uma doença renal. Outros 20 milhões podem ter já uma função renal diminuída que passou despercebida, uma vez que os seus efeitos são demasiado subtis para serem óbvios. Todos os anos, 90 000 pessoas nos Estados Unidos desenvolvem uma disfunção renal. Cerca de 300 000 pessoas estão actualmente a fazer diálise e outras 80 000 fizeram transplantes renais.
Os maiores factores de risco para a doença renal são a tensão alta e a diabetes; a genética também tem o seu papel. Dos milhões de pessoas nos Estados Unidos que não se apercebem que têm tensão alta e/ou diabetes, há muitas cujo risco de contraírem uma doença renal é bastante alto – mas não sabem que deveriam estar a fazer alguma coisa para proteger os seus rins. Como a obesidade é a causa principal da diabetes, e a alimentação também está intimamente relacionada com a hipertensão, é claro que o que comemos tem influência no nosso risco básico de contrair doença renal. Na realidade, para além dos efeitos indirectos através de doenças crónicas, a alimentação pode, também, diminuir a saúde dos rins.
Como Funcionam os RinsOs rins são órgãos do feitio de feijões, cada um deles com o tamanho aproximado de um punho fechado. Estão localizados perto do meio das costas, logo a seguir às costelas. O seu trabalho consiste em processar o sangue removendo os resíduos e a água extra, convertendo-os em urina. Os rins são também um importante componente do complexo sistema que mantém a tensão sanguínea normal e que conservam o ambiente das células num estado de equilíbrio que é necessário à vida. Por fim, estão envolvidos nas reacções que activam a vitamina D. Com a idade aumenta a necessidade de vitamina D pois a produção da forma activa da vitamina diminui com o abrandamento da função renal.
Os rins nunca dormem. Juntos, estes dois órgãos processam cerca de 190 litros de sangue por dia e filtram para o exterior cerca de 2 litros de resíduos e água. Os resíduos no sangue são compostos pela normal decomposição dos tecidos orgânicos e do metabolismo dos alimentos. Alguns destes resíduos são tóxicos – se forem acumulados no sangue, podem danificar seriamente outros órgãos.
A filtragem do sangue propriamente dita é feita por pequeninas unidades do rim chamadas néfrons. Cada um dos rins contém cerca de um milhão de néfrons que agem como filtros altamente sofisticados. Cada néfron contém pequeníssimos vasos sanguíneos ou capilares chamados glómerulos e um pequeno túbulo-colector de urina. Através de uma complexa série de processos, os resíduos passam do sangue para os milhões de glómerulos e depois são filtrados pelos tubos. Alguns dos materiais que entram nos glómerulos – como o sódio, o fósforo e o potássio – são devolvidos ao sangue. Ao excretar o excesso e conservar algum, os rins ajudam a regular os níveis normais destas substâncias. Os rins são extremamente sensíveis aos níveis de sódio e outros compostos no sangue e, numa questão de minutos alteram as quantidades destas substâncias que excretam ou devolvem ao sangue em resposta às mudanças dos seus níveis no sangue.
Os rins são tão importantes para o bem-estar do organismo, que as pessoas saudáveis têm uma função renal maior do que o necessário. Na verdade, muitas pessoas que doam um rim a um membro da família com doença renal são capazes de viver normalmente com apenas um rim, desde que este se mantenha estável. Contudo, uma diminuição da função renal em qualquer pessoa começa a causar problemas. A 20% da actividade normal ocorrem problemas de saúde. Uma quebra para menos de 15 por cento, mais ou menos, torna-se necessário alguma espécie de apoio – diálise ou transplante renal. Conforme os níveis de resíduos se vão acumulando no sangue, podem ocorrer sintomas tais como fadiga, falta de alerta mental, comichão, dores de cabeça, náuseas, e perda de peso. Como os rins se tornam menos eficientes a excretar minerais tais como o fósforo, estes também começam a aumentar no sistema sanguíneo. Níveis elevados de fósforo causam um declínioOval: Os rins são órgãos do feitio  de feijões, cada um deles  com o tamanho aproximado  de um punho fechado. Estão localizados perto do meio das costas, logo a seguir às costelas. O seu trabalho consiste em processar o sangue removendo os resíduos e a água extra, convertendo-os  em urina. dos níveis de cálcio e isto, por sua vez, faz com que os ossos libertem mais cálcio. Uma prolongada doença renal pode afectar negativamente a saúde dos ossos.
As pessoas que estão em risco de contrair doença renal deveriam fazer testes às funções renais. Há dois testes chaves de urina que nos dizem como estão a trabalhar os rins. Um mede a creatinina, um produto normal da decomposição do tecido muscular. Os rins saudáveis transferem a creatinina para a urina excretada, por isso, se este composto está em falta na urina, é um sinal de que os rins não estão a trabalhar como deve ser. Outro teste procura níveis elevados de proteína na urina, uma condição chamada proteinúria, uma vez que os rins saudáveis reciclam a proteína e a devolvem ao sangue. A urina que faz muita espuma contém, por vezes, proteína.
Alimentação e Saúde Renal
A alimentação parece afectar a saúde dos rins de várias maneiras e é especialmente importante para as pessoas que estejam em risco de doenças renais. Conforme foi dito acima, a tensão arterial elevada tem um efeito directo sobre os rins. Pode causar danos aos pequenos vasos sanguíneos dos rins, tornando-os incapazes de filtrar o sangue como deve ser. No caso de diabetes não tratada, os níveis elevados de glicose no sangue podem ser directamente tóxicos para os rins e causar uma condição chamada nefropatia diabética, na qual os rins gradualmente perdem a capacidade de funcionar.
Obviamente, é importante saber se somos portadores de qualquer destas anomalias. A tensão arterial elevada é facilmente diagnosticada no consultório médico e pode ser controlada com uma dieta, exercício físico e, se necessário, medicação apropriada. As pessoas que têm excesso de peso deveriam falar ao seu médico sobre diabetes. A melhor maneira de controlar a diabetes associada à obesidade é perder peso. O exercício físico ajuda tanto a perder peso como a controlar directamente a diabetes. Porque ajuda a baixar a tensão arterial, o exercício físico regular pode ter um efeito indirecto mas positivo sobre a saúde dos rins. Comer alimentos ricos em fibras e pobres em açúcares também pode ajudar a prevenir e controlar a diabetes.
Os níveis elevados de colesterol no sangue também podem ter um impacto na saúde dos rins, uma vez que alguns tipos de doenças renais são muito parecidos com a aterosclerose que leva a doenças cardíacas. Num estudo realizado com pessoas com doenças renais, os medicamentos para baixar o nível de colesterol no sangue efectivamente beneficiam a função renal na mesma medida que os medicamentos especificamente receitados para tratar a doença renal. Portanto, qualquer mudança na alimentação que reduza o colesterol também pode beneficiar os rins. Consumir mais alimentos vegetais com um teor elevado de antioxidantes também pode ser benéfico para os rins, uma vez que os antioxidantes podem proteger contra o processo da aterosclerose.
Proteína e Função RenalQualquer coisa que aumente a velocidade a que os rins filtram o sangue, chamada velocidade de filtração glomerular (VFG), pode afectar negativamente a saúde dos rins. Isto pode ser muito importante para as pessoas que são susceptíveis de contrair doenças renais. Também pode ser importante para as pessoas mais velhas, pois a função renal declina com a idade. Num estudo envolvendo 2500 pessoas de idade que já tinham tido problemas renais, o consumo adicional de 15% de proteínas foi ligado a um aumento de 25% de mortalidade durante o período de acompanhamento (14 anos). É interessante notar que os vegetarianos têm uma VFG mais baixa, e que a VFG dos vegetarianos estritos (vegans) ainda é mais baixa do que a dos ovolactovegetarianos. O consumo mais baixo mas adequado de proteínas contribui para rins mais saudáveis.
Do mesmo modo, parece que o tipo de proteína ingerido também tem importância. Os investigadores mostraram que o fluxo de sangue para os rins aumenta em 20% depois de uma refeição de carne, mas não altera depois de uma refeição que contenha a mesma quantidade de proteína de soja. Nas pessoas com diabetes que não tinham doença renal, uma alimentação na qual todas as proteínas derivem de alimentos vegetais tem um efeito mais favorável sobre a função renal do que uma alimentação na qual 70% da proteína seja de origem animal.
Para as pessoas com doenças renais, é recomendada uma alimentação pobre em proteínas como meio de prevenir mais deterioração. Os pacientes com problemas renais a quem foi dada uma alimentação vegetariana que incluía proteína de soja provaram ter quantidades reduzidas de perda de proteínas nas urinas – um sinal de que a função renal tinha melhorado. Um recente estudo de oito semanas da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, comparou os efeitos de uma dieta pobre em colesterol que incluía 50% de proteína de leite ou de soja. Todas as pessoas envolvidas tinham diabetes e nefropatia diabética. Tanto o colesterol no soro bem como a proteína urinária diminuíram com uma dieta de soja. Um estudo da Universidade de Kentucky mostrou resultados similares.
A Alimentação Vegetariana e os Rins
As dietas baseadas em alimentos vegetais são as melhores para proteger os rins conforme as pessoas vão avançando na idade e as funções renais declinam.
-Os vegetarianos ingerem menos proteínas. Ingerir altas quantidades de proteínas durante muitos anos pode contribuir para a diminuição das funções renais que estão normalmente presentes conforme a idade avança.
- Os vegetarianos comem mais proteínas vegetais. A proteína animal faz com que os rins trabalhem mais e pode contribuir para o declínio da função renal mais extensamente do que a proteína vegetal. Nas pessoas que já têm doença renal, a proteína vegetal mostrou produzir uma função renal melhor do que a proteína animal.
- Os vegetarianos têm níveis mais baixos de colesterol no sangue, ingerem mais antioxidantes e têm taxas mais baixas de doenças cardíacas. Um nível elevado de colesterol no sangue está ligado às doenças renais. A patologia da doença renal é similar à da doença cardíaca.
- Os vegetarianos são menos propensos a ter diabetes. A diabetes é a causa principal da diminuição da função renal.
Noutro tipo de doença renal, que não envolve a perda de proteína na urina, alimentar os pacientes com uma dieta restritiva quanto a proteínas levou a melhoras, quer a proteína fosse de origem vegetal ou animal. Contudo, os pacientes conseguiram seguir uma dieta vegetariana pobre em proteínas mais facilmente do que uma dieta pobre em proteínas que incluísse carne.
Embora pareça que a proteína da soja afecte favoravelmente a função renal, é possível que as isoflavonas nos alimentos de soja tais como o tofu, o leite de soja e o tempeh também tenham algum impacto. Alguns problemas renais crónicos implicam o crescimento rápido de células renais, e as isoflavonas de soja podem ajudar a impedi-lo e, portanto, a abrandar o avanço da doença renal. Estudos com animais mostraram que as isoflavonas da soja reduzem, efectivamente, a excreção de proteína urinária.
Protegendo a Saúde dos RinsA chave para proteger a saúde dos rins é ter hábitos alimentares saudáveis e fazer exercício durante toda a vida.
- Mantenha um peso saudável controlando as calorias ingeridas e fazendo exercício físico regular.
- Tenha uma alimentação que evite a hipertensão. A investigação mostrou que os vegetarianos têm uma tensão arterial mais baixa do que os que se alimentam de carne. Consumir muitas frutas e vegetais e a quantidade de cálcio adequada pode também ser importante.
- Coma muita fibra.
- Evite o consumo exagerado de proteínas e obtenha a maior parte delas de alimentos vegetais. S&L
in Vegetarian Nutrition & Health Letter
Investigação da Universidade de Loma Linda,
Estados Unidos / Set. 02, vol. 5, nº8



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