A Damiana é um arbusto pubescente e muito ramoso, chegando a medir até 2 metros de altura, com ramos muito delicados e difusos. As suas folhas são pecioladas, mais ou menos ovado-rômbeas, espatuladas ou oblongoceoladas, obtusas ou agudas, quase sempre cuneadas na base, de 1 a 2 centímetros de comprimento, crenado-serradas ou duplo-denteadas, revolutas nas margens, profundamente imerso-nervadas e pubescentes ou glabras na página superior e tomentoso-pubescentes ou apenas pilosas, na página inferior. Os pedúnculos são muito curtos. As pétalas são espatuladas e os estames curtíssimos. O fruto é uma cápsula subglobosa de 4-5mm. É aromática e de sabor agradável e possui um óleo essencial amargo e adstringente, com o sabor de cânfora, por onde se atribuem numerosas propriedades medicinais.
Esta planta é encontrada principalmente na região do Golfo do México, Caribe e região sul do continente africano. É bem adaptada no Brasil, sendo encontrada do Amazonas até São Paulo.
Nome Científico: Turnera diffusa Willd. Sinonímia: Bohadschia humifera C.Presl.; Bohadschia microphylla Griseb.; Triacis microphylla Griseb.; Turnera aphrodisiaca Ward., Turnera humifusa Endl. Ex Walp.; Turnera microphylla Desv.; Turnera pumilea Poir.
Nome Popular: Damiana, no Brasil; Hierba de la Pastora, Herba del Venado e Pastorcita, no México; Oreganillo, na República Dominicana; Damiana, na Espanha; Damiana, em inglês; Damiane, na França.
Observação: No Brasil, dá-se o nome de Damiana a duas espécies da família das Turneráceas: Turnera diffusa Willd. e Turnera opifera M. (arbusto menor e de morfologia e constituição semelhante à espécie anterior).
Denominação Homeopática: DAMIANA.
Família Botânica: Turneraceae.
Parte Utilizada: Folha.
Princípios Ativos: Flavonóides: hiperosídeo, avicularina, galactosil-3-miricetol, glucoronil-3-quercetol e quercetosídeo; Óleo Essencial: e -pineno, p-cimeno, timol, 1,8-cineol, sesquiterpenos (-copaeno, -cadineno e calameneno); Taninos; Princípio Amargo: damianina; Resina; Glicosídeos Cianogênicos: barteína; Ácido Ascórbico; Alcalóides; Gonzalitozina I; Arbutina.
Indicações e Ações Farmacológicas: Drogas feitas de Damiana são indicadas na astenia psico-física; em depressões; na cistite; na uretrite; na asma; na bronquite e na impotência sexual.
Confere à droga como um todo as seguintes ações: tônico do sistema nervoso central; diurético; anti-séptico urinário; expectorante; laxante (dependendo da dose). É muito utilizado popularmente como afrodisíaco.
Em Homeopatia é aplicada na impotência, na neurastenia de fundo sexual e na frieza íntima feminina, além de ser um regulador nas meninas recém-menstruadas.
A ação conjunta do óleo essencial e a gonzalitozina conferem às folhas atividade diurética, enquanto que a arbutina (princípio ativo também encontrado na Uva Ursi) atividade anti-séptica urinária.
Por outro lado, o óleo essencial tem demonstrado possuir quantidades expectorantes e em sinergismo com a daminanina e o glicosídeo cianogenético, atividade psicoestimulante e eutímica.
Toxicidade/Contra-indicações:
Recomenda-se um tratamento de forma descontínua. Em doses elevadas possui ação laxante.
É contra-indicada na gravidez, na lactação (devido a presença de alcalóides); na ansiedade, na insônia, na taquicardia, síndrome do cólon irritado (pelo seu efeito sobre o sistema nervoso central). É recomendado não fazer associações com outras drogas estimulantes como o café, o guaraná e o ginseng.
Dosagem e Modo de Usar:
• Extrato Fluido (1:1): 30-50 gotas, uma a três vezes ao dia;
• Tintura (1:10): 50-100 gotas, uma ou duas vezes ao dia;
• Extrato Seco (5:1): 100-300 mg/cápsula, uma ou duas vezes ao dia.
• Homeopatia: Tintura-mãe.
Referências Bibliográficas:
• PR VADEMECUM DE PRECRIPCIÓN DE PLANTAS MEDICINALES. 3ª
edição. 1998.
• COIMBRA, R. Manual de Fitoterapia. 2ª edição. 1994.
• SOARES, A. D. Dicionário de Medicamentos Homeopáticos. 1ª edição. Santos
Livraria Editora. 2000.