Em Paris, sem comprar: um pouquinho frustrada, confesso
Vida Saudável

Em Paris, sem comprar: um pouquinho frustrada, confesso


Desde o meio de 2010 que estou sem comprar. Isto é, só adquiro o essencial: comida, remédio, produtos de limpeza e higiene pessoal. E objetos estritamente necessários, como mochila e máquina fotográfica para viajar, ou um tênis em Frankfurt, já que o que eu tinha no Brasil estava muito velhinho e eu doei antes de viajar.

Então eu tenho a manha de não comprar: não frequento shopping, evito comercial de televisão, pulo as páginas de propaganda das revistas.

Dito isso, Paris é Paris. Outras capitais têm montes daquelas lojas famosinhas: Zara, H&M, Mango, Swarovski. Já conheço, e portanto acho fácil ignorar. Mas Paris... até McDonalds é difícil de achar. A cidade tem centenas de lojas locais, originais, francesas, com vitrines lindas e produtos que nunca vi (o que não acontece sempre, em época de globalização). Sem falar das pharmacies e dos setores gigantes de cosméticos, que me atraem com suas cores e embalagens, embora eu use bem pouquinho (e tenha decretado moratória: só compro o próximo item quando o atual estiver terminando).

Não é que eu tenha um objeto de desejo determinado em vista. Mas tanta oferta de produtos lindos, cheios de glamour e qualidade - e proibidos! - estão me deixando meio tonta. Sem falar que fica aquela sensação de oportunidade perdida: se eu não comprar aqui, não vou achar em lugar nenhum!

Então o jeito é respirar fundo, lembrar que eu não estou precisando de nada, que ser minimalista é ser portátil, que a beleza de Paris não se compra... e se consolar com uns macarons!

Carette, me aguarde! Segundo a Dri, turistas vão à Ladurée, locais vão à Carette.



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