O piriforme é um músculo fino, parecido com uma pera. É dividido em três feixes e origina-se no sacro (S2-S4) – sendo o único músculo que se origina diretamente sobre este osso. O piriforme tem um padrão horizontal e oblíquo, encontra-se abaixo dos pequenos músculos do glúteo, gêmeos e obturador interno.
O tendão do piriforme se insere na parte superior do trocanter maior e é localizado na região posterior da pelve.
A inflamação do músculo piriforme, que neste caso aumenta de volume (hipertrofia), comprime o nervo ciático, causando pontadas nos glúteos e MMII.
A frequência é maior do que se pensa. Em um estudo realizado em 240 pacientes com dor ao longo do ciático, em 40% a causa foi a síndrome do piriforme.
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O que causa a Síndrome do Piriforme?
Causa dor profunda na superfície posterior do quadril e glúteo, podendo gerar dormência e formigamento dos membros inferiores e até lombalgia. Por isso, muitas vezes se confunde a dor ciática por hérnia de disco com a síndrome do piriforme, porque ambas causam ciatalgia.
A dor aparece ao caminhar, correr e principalmente quando o paciente está sentado com as pernas cruzadas. É comum em esportes que envolvam corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento da dor.
Entre os fatores associados ao surgimento da síndrome encontramos: hábito de ficar muito tempo sentado, exercícios exagerados para glúteos, variações anatômicas nas quais o nervo ciático passa pelo ventre do músculo piriforme, presença de aderências locais ou bandas fibrosas que restringem o livre movimento do nervo.
Também pode surgir após um trauma na região glútea. Frequentemente está presente desequilíbrio muscular na região.
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O Pilates e a Piriforme
O Pilates pode agir tanto na prevenção como no tratamento desta síndrome.
A prevenção pode ser realizada através de um programa de exercícios que envolvem alongamentos dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril, mobilização de quadril (dissociação coxo-femoral) e membros inferiores.
A prevenção pode ser realizada através de um programa de exercícios que envolvem alongamentos dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril, mobilização de quadril (dissociação coxo-femoral) e membros inferiores.
O tratamento desta síndrome trata-se de uma reabilitação com o objetivo de permitir o retorno ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva. Devemos focar em exercícios que promovam força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de direções e saltos, sempre adaptados à individualidade do aluno, objetivo, e no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.