Outono, estações, vida...
Vida Saudável

Outono, estações, vida...


 (esmalte Verde Militar -Colorama)

Participação na Blogagem coletiva de esmaltes da Fernanda Reali

Quadro que fiz com folhas do Outono de Portugal, "colhidas" das ruas de Coimbra em 2006



Em nosso país tropical, quase não se notam as mudanças de estação. Elas acontecem devagarzinho e discretamente.
No entanto, em  países como alguns europeus, as estações são bem marcadas. Cada qual com sua característica, cheiro e sabor. Vive-se intensamente cada fase.
Comparar situações da vida com as estações do ano, pode parecer clichê, mas eu pude viver isso de uma forma tão marcante e sintonizada com a natureza que, não sei pensar em Outono sem pensar na minha experiência.

(Jardim Botânico de Coimbra - Outono 2006)

Há coisas que acontecem em nossa vida aos poucos, devagar, discretamente como as estações do ano no Brasil. Coisas boas e coisas ruins. Vem e vão. Vibramos ou superamos.

Mas, há situações que acontecem de forma marcada, intensa, como as estações no hemisfério norte.

E foi em 2006, em Portugal, que vivi (ou sobrevivi) o meu primeiro terrível Outono. Natural e emocional.
Enquanto via as folhas se secarem e encherem as ruas de Coimbra, eu sentia minha vida igualmente secando-se, as folhas caindo, perdendo a graça e tudo o que podia demonstrar a existência da vida.
Tudo estava seco.   A árvore ia ficando pelada, descoberta e a parte feia ia aparecendo.
Parecia que a vida não mais existiria, que tudo ia acabar. Emagreci como nunca. As pessoas pediam a receita e, embora eu sorrisse simpaticamente, pensava: nunca queira essa receita pra você.

Parque Verde do Mondego - Coimbra 2007

O pior inverno, natural e emocional da minha vida foi frio, escuro. Os dias eram curtos e cinzentos, as noites longas e escuras.
Assim como é próprio dessa estação, as árvores estavam sem folhas, com todas as suas qualidades "interiores" descobertas, à mostra.
Nada podia camuflar um galho torto ou uma ferida exposta no caule. Onde estava a beleza da vida?

Parque Verde do Mondego - Coimbra

A primavera chegou e com ela a beleza da vida. Vía as flores desabrochando, os animais procriando. Coelhos, carneiros, borboletas, a vida ressurgiu e logo pudemos colher os frutos (e as frutas) gerados após a dor. Havia a segurança de que o sol estaria lá, brilhando, aquecendo.

Tudo em minha vida foi acontecendo em sintonia com o que acontecia na natureza.
Não tenho nenhuma dúvida de que foi Deus quem me levou para longe de toda distração, deixando meus olhos livres para enxergar o que realmente tem valor, não importando o que me faltava, já que o meu Deus me preenchia. O próprio Deus me levou para uma terra distante da minha zona de conforto. No tempo certo, para o lugar certo, a fim de fazer as folhas murcharem, secarem, caírem, mas também de fortalecer as raízes e o tronco, de fazer nascer flores novas e lindas. Fazendo perpetuar frutos saudáveis que colhemos até hoje.


Todos nós passamos por momentos ora de felicidade, ora de tristeza,  mas esses sentimentos se baseiam nas circunstâncias, naquilo que acontece. E isso é natural para o ser humano. No entanto, o que precisamos para nossa vida diária é da alegria que é fruto do Espírito Santo, é o contentamento que vai além do que podemos ver. É  saber que independente de qualquer coisa, Deus está conosco, Nele temos a salvação, sabemos nossa identidade e também qual é o nosso destino. 
Essa sensação de paz e alegria é possível, mas não é mérito nosso. É algo que vem do próprio Deus, do Espírito Santo que habita em nós.
A nossa parte está em escolher ter um real relacionamento com Deus. 



Aprendi que podemos passar por todas as estações da vida, que devemos vivê-las intensamente. Aprender com cada uma delas. Sugar o máximo de cada uma.
O inverno também existe. Não dá para migrar como os pássaros. É tempo de esperar. Quase uma hibernação da vida. Como é difícil esperar!
Aprendi que a aparência feia e seca tem o seu valor, que transparência é fundamental.
Que  os tempo frio nem sempre se resolve com cobertores e casacos.
É preciso sentir o frio, mas nunca, nunca deixar de acreditar que, mesmo que não pareça, a vida existe e pode estar sendo fortalecida pelas escolhas que fazemos durante o outono e o inverno.


  "Não permita que o outono lhe tire a esperança da primavera!" (Ana Paula Valadão)





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