Vida Saudável
Os perigos do aumento da renda
É típico. A pessoa recebe um aumento. Qual é o primeiro impulso? Agora ela pode arcar com serviços e objetos que não podia antes. É um sentimento de demanda reprimida. Tudo aquilo que você deixou de comprar ou fazer nos últimos tempos porque seu dinheiro não dava, agora ele dá. Então a tendência lógica é que, ao ter um aumento de renda, a pessoa tenha um aumento de gastos, e não de reserva.
Eu acabei de passar por isso. Fiquei poucos meses sem um emprego e, durante eles, gastei pouquíssimo. Parei de pagar por serviços que eu mesma podia fazer, nem pensei na possibilidade de comprar qualquer objeto novo, diminui as saídas e refeições caras. Posso falar que não senti falta de nada. As despesas com saúde, alimentação e habitação, e até uns luxos esporádicos, eu pagava com o que recebia dos meus freelas. Vivi muito bem, obrigada.
Só que voltei a trabalhar em um emprego fixo, e a estabilidade + o stress + o salário induzem a gente a ter menos cuidado com o dinheiro que gasta. No começo, são pequenos luxos. Comer um dia em um restaurante melhor, outro comprar uma blusa, outro pegar um táxi ao invés de ônibus. Com o tempo, a gente começa a fazer essas coisas com mais frequência, e logo elas se incorporam na nossa rotina. Sem que a gente perceba, de repente, a gente acha que não dá para viver sem aquilo. Vira gasto fixo.
O aumento da renda tende a levar a um aumento do nível de consumo, o que, ao meu ver, é uma armadilha que nos prende eternamente em um ciclo de achar que não temos dinheiro o suficiente e que não podemos de jeito nenhum viver com um salário menor ou até mesmo um tempo sem receber.
Vai por mim, a gente pode sim. E melhor ainda é parar de gastar tanto mesmo tendo salários melhores. Assim você acumula menos tralha, perde menos tempo e pode ficar mais tranquilo. Não depender do dinheiro que vai entrar na conta no próximo mês é um alívio sem tamanho. É uma vida muito melhor.
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