Minimalizando gastos no amigo oculto
Vida Saudável

Minimalizando gastos no amigo oculto


Fiquem abaixo com o ótimo guest post escrito pela Diorela. Após o texto, eu falo mais sobre ela.

A ideia do minimalismo me atrai muito! Não é uma ideia que se resume a uma única ação, ela cria toda uma corrente de bem ao seu redor. Para praticá-la, já somos obrigados a nos organizar mais (o que é bom), pois exercemos a seleção e a priorização de algumas coisas. Para mantê-la, ficamos mais disciplinados e para recriá-la (pois é preciso, pelo que venho sentindo), ficamos mais criativos!

Vejo um sentimento quase mundial de “limitação do abuso”. As pessoas estão começando a notar que gastar e ter demais, além de não resolver problema algum, também destrói a sua segurança financeira e os recursos naturais do planeta. Além do que, como diria um antigo professor “caixão não tem gaveta”.

Tenho uma tia que trabalhou muitos anos no estudo de resíduos (calma, já explico). E talvez por isso, tenha sido dela que partiu uma ideia supercriativa para diminuição de gastos e consumo neste fim de ano: O amigo oculto de talentos. A ideia consiste em um amigo oculto em que doamos coisas que tiveram mais gasto nosso de tempo e neurônios que de dinheiro. Cada um oferece o que sabe fazer para o outro (o amigo oculto). Pode ser desde um produto a um serviço.

O produto pode ser um bolo gostoso, um álbum de fotografia montado por você, um caderno de poesias, um CD com músicas cuidadosamente escolhidas, um casaco costurado por você, um desenho, um guia cultural do seu bairro, uma pintura, um cesto de café da manhã com os pães de queijos caseiros etc. Não é muito difícil pensar em algo que sabemos fazer. O difícil é aceitar que temos o direito de oferecer o nosso trabalho e/ou o nosso hobby como presente no lugar de algo fabricado do outro lado do planeta, em condições questionáveis e sem uma história próxima da sua. Além do mais, pra que gastar tanto dinheiro no fim de ano?

 O serviço pode ser ainda mais legal de ser oferecido, mas acho que precisa de um pouco mais de intimidade. Algumas ideias são: uma faxina na casa do amigo-oculto, um passeio de duas horas com o cachorro do amigo, uma seresta de violão (se você tocar violão, obviamente) na janela do amigo, um serviço de personal trainner, uma escova no cabelo do outro, um serviço de entrega de alguma coisa e até um jantar! Como já dito, o importante, é mostrar criatividade, mais do que exibir que você tem dinheiro para bancar presentes caros!

Por fim, e não menos interessante, caso a pessoa não se sinta capaz ou disposta, ou tenha algum contratempo, ela também pode participar da brincadeira oferendo outros talentos que ela conhece. Ora, encontrar talentos também é um talento! Então, ela poderia oferecer doces feitos pela avó, roupinhas costuradas pelo colega de trabalho, uma revisão no carro do amigo feito pelo seu mecânico de confiança, uma consulta na nutricionista querida, uma visita à manicure preferida ou um chaveiro feito pela sua sobrinha, e por aí vai!

No e-mail que mandei para a minha família sobre o assunto, pedi que cada um acrescentasse ao seu presente uma pequena carta explicando a origem dele, pois isso contribuiria para ideias futuras e para boas recordações.

Porém, a minha tia, primeira pessoa que me falou dessa ideia, sugeriu fazer um amigo-oculto aberto. Ela achou melhor ninguém se sentir forçado a nada (o que é válido) e cada um leva e apresenta o que quiser, sem ter sorteio de papeizinhos nem nada. Apenas como forma de divulgação de algo que adora fazer ou oferecer.

Já no outro lado da família, ao tomarem conhecimento da ideia, todos toparam fazer em forma de amigo-oculto mesmo e vamos fazer o sorteio só pra não dar confusão de troca de presentes!

Nos dois casos, queremos gastar menos dinheiro e mais a cuca!

Temos a impressão que minimalizaremos os gastos e maximizaremos a nossa diversão, que poderá ser superada a cada ano!

Quem quiser, está convidado a participar, aliás, está convidado também a me mandar notícias de como foi! Hohoho!


Agora é Fernanda aqui de novo. Conheci a Diorela há muitos anos. Ela tem um lindo blog, o saída a francesa. Foi lá que eu li sobre essa ideia dela do amigo oculto de talentos e gostei tanto que pedi que ela escrevesse uma versão para o minimalizo. Muito obrigada, Di!



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