Vida Saudável
É preciso gastar dinheiro para virar minimalista? - Parte 2
Os comentários do último post trouxeram outras dimensões para a discussão que achei importante compartilhar.
"Quanto à questão de se livrar de um monte de coisas e depois precisar de UMA delas, acho que é um efeito colateral aceitável. Até porque, se a gente tem muito menos objetos para limpar, cuidar, guardar e manter, isso acabando gerando uma economia (que pode ser imensa se você se mudar para um apartamento menor ou abrir mão de um carro). Aí, recomprar UM dos itens que você não tem mais me parece bem razoável." Lud
Além do que, se é algo que você vai precisar usar uma vez, talvez seja melhor tentar pegar emprestado com alguém. Outro lado da questão é que, se a gente guardar tudo que pode um dia potencialmente quem sabe talvez precisar na vida, vai ter tanta coisa que pode nem achar o que precisa quando precisa. Já contei um caso aqui.
"Agora está em alta o ´armário cápsula´, que parte de um conceito bacana: não precisamos ter tanta roupa, nem tanto sapato, nem tanto de nada. (...) E o que temos hoje? Um monte de gente montando seus armários cápsula, mas pra fazer isso querem comprar as 40 peças novas... 'Descobrem' que pra montar o AC precisam de uma camiseta cinza, outra branca e preta, umas sapatilhas básicas - e que dane a proposta de reduzir o consumo." Vania Lacerda
É o caso clássico do minimalismo usado como desculpa para consumir. A gente não precisa trocar tudo e estar com um armário minimalista do dia pra noite. A ideia é ir usando esse crivo na hora de comprar coisas novas, e de decidir o que doar quando se tem excesso.
"Percebo muitos blogueiros e youtubers seguindo esse tipo de lógica. Parece que o que existe de mais atraente no minimalismo é justamente a cartela de cores reduzida, design simples, novidades tecnológicas etc. (...) By the way, o movimento artístico minimalista dos anos sessenta era intensamente colorido nas obras de Donald Judd e Dan Flavin, por exemplo. Essa parada de preto e branco minimalista tem nada a ver..." Marianna Pedrini Bernabé
Por ser um termo não muito bem definido, o minimalismo pode ser entendido como diversas coisas mesmo: esse movimento artístico dos anos 1960, essa onda de decoração baseada no branco e preto (não sei direito como surgiu) e essa filosofia/estilo de vida sobre a qual falamos aqui.
Por essa confusão toda eu gosto sempre de ressaltar o que chamamos de minimalismo aqui no blog (e por isso está no título). E, de acordo com esse conceito que a gente segue, cores são bem vindas; e o consumo deve ser sempre consciente.
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