Vida Saudável
Desconstruir e reconstruir
Oi, pessoal! Estou de volta. Durante esse tempo todo sem escrever, continuei viajando, voltei ao Brasil no fim de ano, li, estudei, engordei, emagreci, comprei, deixei de comprar, encontrei amigos, refleti, resmunguei. Ou seja, tenho história pra contar.
A primeira é que acho que cheguei ao (meu) ponto máximo de desapego e estou começando a voltar de lá. Em 2012, entrei de cabeça no minimalismo e em um ano me livrei de quase tudo que eu tinha. Fui radical porque ia viajar por um tempo longo e, de fato, não ia precisar de móveis, eletrodomésticos, livros de papel, cosméticos e um monte de roupas e sapatos por um período grande. Em vez de enfiar tudo em um guarda-móveis, o que ia ser caro e complicado, eu e meu marido doamos ou vendemos um montão de objetos, enchemos duas portas de armário na casa dos meus país com o que achamos que precisávamos manter e saímos leves e soltos pelo mundo.
Foi ótimo. Aí, depois de mais de um ano de simplicidade pessoal, comecei a sentir falta de... perfume.
Quando reduzi as minhas posses, doei, junto com um tanto de maquiagem, os meus três ou quatro vidros. Eu usava pouco e estava me desapegando dos códigos da feminilidade. Mas, depois de muitos meses, me deu saudades.
É verdade que perfume custa caro, vaza na mala e não é artigo de primeira necessidade. Mas nem só de pão vive o ser humano, né?
Às vezes as pessoas me chamam de exagerada, e de fato reconheço que sou. Tem muita gente que passa pelo processo de redução de bens gradativamente, reduzindo com calma que chegar a um ponto confortável. Eu, não: aproveitei que ia tirar um sabático, juntei o feminismo com o minimalismo e fui lá ao outro extremo.
E foi muito bom. Experimentei, na prática, que dá para ver sem um monte de coisas. E, agora, posso readotar, aos poucos, o que acho importante para mim, depois de pensar um tanto sobre o assunto.
No caso do perfume, comprei umas miniaturas e fiquei feliz: elas ocupam pouco espaço e, como esperei com paciência por uma promoção, não custaram tão caro. Além disso, como são pequenas, não vão durar para sempre (como aqueles vidros doados que ainda estavam pela metade...).
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São pequetitos mesmo: menores do que uma caixinha de fio dental... |
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