Estou vendo no dia a dia do consultório um aumento assustador do uso de anabolizantes para fins estéticos e de emagrecimento que prometem resultados rápidos como em um passe de mágica.
Creio que muitos desavisados, na ânsia de conquistar um corpo perfeito, acabam buscando nos esteroides e anabolizantes uma alternativa para obter resultados mais rápidos. Eles não compreendem os enormes riscos que correm por usar fórmulas derivadas de hormônios sem nenhum tipo de indicação clínica.
O estímulo exagerado que essas substâncias causam nos receptores de determinadas células levam a efeitos secundários desastrosos. Um desses estragos é a diminuição da produção de hormônios normalmente elaborados pelas nossas glândulas, pois o organismo interpreta o hormônio sintético como suficiente e passa a produzir níveis bem baixos, chamado na medicina como efeito feedback negativo.
Esse efeito pode ocasionar em homens a atrofia de testículos, levando à impotência sexual e esterilidade, aumento da retenção de sódio, da pressão arterial, calvície, maiores riscos de câncer, diabetes e lesões no fígado muitas vezes irreversíveis.
Em mulheres pode levar à androgenização, crescimentos de pelos no rosto, aumento da secreção sebácea e da oleosidade da pele, surgimento de espinhas e engrossamento da voz, redução de mamas e interrupção da menstruação. Os riscos câncer, diabetes e lesões no fígado muitas vezes irreversíveis também são maiores.
Em adolescentes as consequências são ainda mais devastadoras, pois comprometem o crescimento, o desenvolvimento sexual, a formação óssea, entre outras. Esses hormônios podem ser usados clinicamente, sendo prescritos por médicos para a reposição de um hormônio deficiente em alguns casos, e em geral, nesses casos, a orientação médica é a de uso em doses suficientes apenas para a regulação de uma disfunção específica.
O que leva um profissional da saúde, médico, educador físico, fisioterapeutas e nutricionistas, a prescreverem e sugerirem tal tipo de conduta ou tratamento para fins estéticos é a de lotar sua clínicas e academias, visando lucros e ascensão. Como se fossem detentores de um tratamento super revolucionário, únicos com resultados rápidos e garantidos, deixando de lado todo o juramento que fizeram quando receberam seu diploma. No qual afirmaram que iriam dedicar seus conhecimentos em prol da manutenção da saúde e bem estar do paciente, não os colocando em risco por imperícia e conduta imprópria.
Quanto maior é o tempo de uso destas substâncias, maior é o estrago. Pesquisa divulgada em 2007, já desatualizada, demonstrou que o perfil do usuário de anabolizantes não era o adolescente ou o atleta, mas sim, o homem com idade próxima aos 30 anos que busca o aumento da musculatura.
Nos dias de hoje, vemos o uso indiscriminado dos anabolizantes com a finalidade de secar e trincar algumas partes do corpo de homens, mulheres e adolescentes, em diversas faixas etárias.
Quanto vale sua saúde e qualidade de vida? Um verão? Existe sim uma evolução nos conhecimentos científicos, uma proposta da medicina no sentido de proporcionar a manutenção e melhora da saúde, sem mistérios e milagres de resultados rápidos.
Hábitos e estilo de vida saudáveis vão levar você a conseguir resultados muito mais duradouros. A fabricação de super homens e mulheres maravilhas como padrão de saúde perfeita é totalmente errônea e fora do conceito de medicina preventiva, na verdade essa figura é uma bomba relógio ambulante, repleta de problemas clínicos e metabólicos. A prática está tão banalizada e vulgarizada que hoje a venda desse tipo de tratamento é feita por nomes, como kit músculo ou kit secar.
A série de problemas que os usuários desses kits irão desenvolver, vão começar, cada dia mais, a serem divulgados. É o caso do cantor Netinho que teve um grave problema, quase chegando a óbito, ocasionado pelo efeito de doses continuadas de esteroides.
Posso dizer, como clínico geral e nutrólogo, que o preço para ganhar músculos e secar através do uso de esteroides é altíssimo e que a relação de danos para a saúde é extensa e muitas vezes irreversíveis.
Uma frase muito usada no interior do Brasil que reflete a saúde de quem utiliza esteroides na busca incansável e irresponsável do corpo perfeito é: Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.
Texto do Dr.Roberto Navarro,Nutrologista
Fonte:http://www.minhavida.com.br/fitness/materias/16943-conheca-os-riscos-do-uso-de-anabolizantes-e-esteroides
Anabolizantes fazem crescer os músculos sob risco de câncer e infarto
Esteroides alteram metabolismo, provocam impotência sexual e não aumentam força.
Músculos volumosos, que chamam a atenção, são o sonho de quem pega pesado na academia. Mas nem todo mundo tem paciência para seguir o treino sem falhas e esperar os resultados aparecerem - na dúvida entre desistir dos exercícios e alcançar músculos fortes, tem quem acabe buscando os esteroides anabolizantes como alternativa para conseguir resultados mais rápidos. "Essas drogas, apesar de serem ilegais, são facilmente encontradas", afirma a cardiologista Luciana Janot, do programa de cardiologia do Hospital Albert Einstein. Em geral, as fórmulas são derivadas da testosterona, o hormônio sexual masculino, e causam a retenção de líquidos - daí o inchaço da musculatura. Os hormônios do crescimento (HGH), naturalmente produzidos pela hipófise, também têm sido usados como anabolizantes.
"Devido à dose extra de hormônios, o metabolismo celular aumenta, surge o inchaço e os exercícios intensos provocam hipertrofia muscular", afirma a cardiologista. Nem mais fortes os músculos ficam, já que o aumento das fibras não é resultado de esforço, mas do acúmulo de líquidos - a ilusão até pode gerar lesões se a carga de peso for aumentada sem cuidado. Os riscos para a saúde, incluindo o perigo de morte, são muitos. Se você ainda tem alguma dúvida relacionada aos perigos dos anabolizantes, veja os alertas dos especialistas e abandone imediatamente essa ideia.
Riscos cardiovasculares
Uma consequência grave sofrida por quem abusa dos anabolizantes são os problemas cardiovasculares. Com a dosagem extra de hormônio circulando na corrente sanguínea, o músculo cardíaco pode ser vítima de fibroses (desenvolvimento exagerado de tecido muscular), devido ao aceleramento do metabolismo. Essas fibroses podem obstruir as veias, impedindo a passagem do sangue e causando ataques cardíacos.
Câncer hepático*O fígado, por ser responsável pela metabolização de todos os medicamentos, acaba sendo sobrecarregado com a alta dosagem de hormônio no corpo e pode falhar - nem sempre as enzimas são suficientes. Em casos mais graves, a sobrecarga causa nódulos nas células, que provocam câncer.
Colesterol
O endocrinologista Tércio Rocha, da Academia Brasileira, explica que essa sobrecarga no fígado também pode causar um aumento na produção de enzimas, o que faz o órgão produz mais colesterol ruim (o LDL) do que o bom (HDL). A gordura se acumula nas paredes das artérias do coração e do cérebro - por isso as veias entupidas podem causar derrame e acidente vascular (AVC). Em média, 75% do colesterol do corpo é produzido pelo fígado para as ações reguladoras do metabolismo. Quando há excesso de hormônio para ser metabolizado no fígado,há queda na produção do chamado colesterol bom (HDL) e aumento a produção do chamado colesterol ruim (LDL).
Problemas de fertilidade no homem
Nos homens, há alto risco de atrofia dos testículos e infertilidade, de acordo com o endocrinologista Filippo Pedrinola, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). "Com altas doses de hormônio, os testículos perdem a capacidade de produzir testosterona, efeito que pode ser temporário ou permanente, dependendo de cada caso". Inibição da testosterona também pode levar à impotência. "Os anabolizantes provocam bloqueios numa glândula chamada hipófise, que é a glândula que controla a fabricação de testosterona. Com isso, o homem pode entrar em um estado chamado de hipogonadismo, ou seja, a falta do hormônio masculino". Nesta situação, há perda ou diminuição do desejo sexual, além de prejuízo na qualidade e na capacidade de ereção (disfunção erétil).
Desequilíbrio hormonal
O excesso de testosterona no organismo desequilibra o sistema hormonal dos homens e das mulheres. No caso delas, há aumento de pelos, engrossamento da voz, aparecimento do pomo de adão e hipertrofia do clitóris, o que atrapalha o prazer sexual. Os homens sofrem com a perda da libido e observam o aparecimento de mamas. "O homem pode ter um aumento do tecido mamário, problema conhecido por ginecomastia. "Parte da testosterona é convertida em estradiol, um hormônio feminino, estimulando o desenvolvimento de mamas, às vezes só uma cirurgia é capaz de reverter esse quadro", afirma Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).
Pele com acne
O abuso de anabolizantes pode vir acompanhado de problemas cutâneos. O endocrinologista Tércio Rocha explica que a ação anabólica causa hipertrofia também nas glândulas sebáceas, responsáveis pela oleosidade natural da pele. "Quanto maior for o uso de esteroides, maior será a oleosidade da pele e há o surgimento de acne", afirma o especialista.
Hepatite e HIV
O endocrinologista Filippo Pedrinolla reforça um risco associado ao consumo de anabolizantes: muitas versões podem ser consumidas de forma injetável. As seringas e as agulhas, se não forem novas e esterilizadas, aumentam o risco de contágio de AIDS e hepatite.
Atrapalha o crescimento
Quando a droga é usada por jovens menores de 21 anos, os danos podem ser maiores ainda. "Em adolescentes, o excesso de testosterona atrapalha o crescimento e acelera puberdade, piorando o desenvolvimento", afirma o endocrinologista Filippo Pedrinolla.
Aumento da agressividade
O endocrinologista Tercio Rocha explica que a testosterona é conhecida como o fator de maior contribuição no nível de agressividade do homem. Pessoas que tomam esteroides anabolizantes apresentam-se mais agressivos e violentos que o normal.
*Fígado:Academia Brasileira, explica que essa sobrecarga no fígado também pode causar um aumento na produção de enzimas, o que faz o órgão produzir mais colesterol ruim (o LDL) do que o bom (HDL). A gordura se acumula nas paredes das artérias do coração e do cérebro - por isso as veias entupidas podem causar derrame e acidente vascular (AVC). Em média, 75% do colesterol do corpo é produzido pelo fígado para as ações reguladoras do metabolismo.
10 Coisas que Você Precisa Saber Sobre Uso de Anabolizantes
O uso de anabolizantes vem se tornando, a cada dia, um hábito comum, principalmente pelas pessoas que praticam esportes, para aumentar a competitividade, ajudar na cura de lesões ou simplesmente por questões estéticas. Porém, o consumo excessivo desse tipo de produto é muito perigoso e pode causar danos irreparáveis ao corpo humano.
1. Os esteróides androgênicos anabólicos, mas conhecidos como anabolizantes, é um produto derivado principalmente da testosterona, hormônio responsável por muitas características que diferem homem e mulher. Eles atuam no crescimento celular e em tecidos do corpo, como o ósseo e o muscular.
2. O uso de anabolizantes gera efeitos colaterais, tanto em homens e mulheres, como: aumento de acnes, queda do cabelo, distúrbios da função do fígado, tumores no fígado, explosões de ira ou comportamento agressivo, paranóia, alucinações, psicoses, coágulos de sangue, retenção de líquido no organismo, aumento da pressão arterial e risco de adquirir doenças transmissíveis (AIDS, Hepatite).
3. No caso das mulheres, o uso de anabolizantes pode gerar características masculinas no corpo, como engrossamento da voz e surgimento de pêlos além do normal. Além disso, aumento do tamanho do clitóris, irregularidade ou interrupção das menstruações, diminuição dos seios e aumento de apetite.
4. Nos homens, o excesso de anabolizantes pode causar aparecimento de mamas, redução dos testículos, diminuição da contagem dos espermatozóides e calvície.
5. Em adolescentes, as consequências podem ser piores, como comprometimento do crescimento, maturação óssea acelerada, aumento da frequência e duração das ereções, desenvolvimento sexual precoce, hipervirilização, crescimento do falo (hipogonadismo ou megalofalia), aumentos dos pelos púbicos e do corpo, além do ligeiro crescimento de barba.
6. Esses hormônios podem ser usados clinicamente e, ocasionalmente, serem prescritos sob orientação médica para repor o hormônio deficiente em alguns homens e para ajudar pacientes aidéticos a recuperar peso. Nos casos de necessidade clínica, os pacientes são indicados a tomarem apenas doses mínimas para apenas regularizar sua disfunção.
7. O uso das injeções de anabolizantes esteróides pode levar ao risco de infecção pelo HIV e vírus da hepatite, se as agulhas forem compartilhadas. Esteróides Anabólicos obtidos sem uma prescrição não são confiáveis, pois podem conter outras substâncias, os frascos podem não ser estéreis e, além disso, é possível que nem esteróides contenham.
8. Usar anabolizantes, sem orientação médica, é proibido, além de ser de grande risco para a saúde. Entretanto, por aumentarem a massa muscular, estas drogas têm sido cada vez mais procuradas e utilizadas por alguns atletas para melhorar a performance física e por outras pessoas para obter uma melhor aparência muscular.
9. Um estudo de 2007 traçou o perfil do usuário de anabolizantes no mundo. De acordo com os dados, o usuário típico não é o adolescente ou o atleta, mas o homem de cerca de 30 anos, bem educado e com renda alta, segundo um estudo publicado hoje. Foram pesquisados 2.663 homens e mulheres de 81 países, indicando que o motivo principal para o uso desses compostos é o aumento da musculatura.
10. Muitos atletas consomem anabolizantes a fim de conseguirem uma melhora na performance dentro do esporte. Os anabolizantes, quando entram em contato com as células do tecido muscular, aumentam o tamanho dos músculos do corpo humano. Porém, isso é caracterizado Doping, e o esportista pode ser punido por isso, como já ocorreu em inúmeros casos. Dependendo da situação, o atleta pode ser banido do esporte.
Fonte:http://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-uso-de-anabolizantes/
Os riscos do uso não clínico de esteróides anabolizantes
O uso de esteróides anabolizantes e os perigos.
A necessidade de se ter um corpo ideal ou um desempenho físico melhorado de forma rápida e prática leva o praticante de musculação ou atleta a usar algum tipo de esteróide anabolizante (EA). A maioria dos usuários, principalmente os iniciantes, sabe que corre algum risco ao usar um EA, apesar de não saberem especificamente qual o risco. O que assusta é a atitude de achar que “vale à pena” correr o risco. Os esteróides anabolizantes oferecem riscos graves a saúde física e comportamental. As alterações fisiológicas causadas pelos EA vão de cefaléia leve a tumores graves, além de transtornos psíquicos irreversíveis.
Palavra-chave: Esteróides anabolizantes (EA), testosterona, efeitos androgênicos, efeitos anabólicos, alterações comportamentais, alterações fisiológicas.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA1: Formação da testosterona a partir do colesterol | 09 |
FIGURA2: Formula molecular da Testosterona | 10 |
FIGURA3: Derivados sintéticos da testosterona; locais onde a molécula sofre alquilação ou esterificação | 12 |
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO | 06 |
2 OBJETIVO GERAL | 07 |
2.1 Objetivos específicos | 07 |
3 METODOLOGIA | 08 |
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA | 09 |
4.1 Testosterona | 09 |
4.1.1 Efeitos fisiológicos | 10 |
4.1.1.1 Efeitos anabólicos da testosterona e derivados | 10 |
4.1.1.2 Efeitos androgênicos da testosterona e derivados | 11 |
4.2 Uso clínico de Esteróides Anabolizantes | 11 |
4.3 Esteróides anabolizantes | 12 |
4.4 Reações Adversas dos EA Sintéticos | 13 |
4.4.1 Alterações comportamentais | 13 |
4.4.2 Alterações fisiológicas | 14 |
4.5 Origem do uso não clínico dos EA | 15 |
4.6 Epidemiologia do uso de EA Sintéticos | 16 |
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO | 17 |
6 CONCLUSÃO | 20 |
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | 21 |
8 APÊNDICES | 24 |
1 INTRODUÇÃO
A busca pelo corpo ideal está evidente na sociedade atual, a qual faz do corpo um objeto de possível modelagem. Diversas são as formas de se modelar, reparar, aumentar ou diminuir proporções, modificando-se a estética natural. Dentre os meios de se modelar está o uso de esteróides anabolizantes (EA), que podem ser considerados uma via de "efeito rápido”.9
Os EA são hormônios sintéticos derivados da testosterona e são conhecidos como “bomba” no meio de freqüentadores de academias e fisiculturistas. A testosterona é o hormônio responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias associados à masculinidade. Os EA apresentam formas farmacêuticas de comprimidos e injetáveis. 4,9,11
Os usuários de EA buscam pelos seus efeitos anabólicos, isto é, o efeito que aumenta a massa muscular e proporciona força física. Porem o uso não clínico de EA, pode acarretar alterações fisiológicas reversíveis e irreversíveis e alterações psíquicas e comportamentais.4,9,11
Clinicamente os EA são utilizados no tratamento de disfunções das glândulas que o produzem e na melhora da sobrevida de pacientes com doenças graves, doenças que afetam a parte física do individuo como cânceres.4
O presente estudo, por meio de revisão de literatura, descreve o efeito anabólico e androgênico que os EA proporcionam ao usuário, enfatizando os riscos que estes estão expostos ao utilizarem estes hormônios sem necessidade clínica.
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Descrever os efeitos dos esteróides anabolizantes com ênfase em seu uso abusivo.
2.2 Objetivos específicos
Pesquisar a farmacologia geral dos esteróides anabolizantes;
Levantar, por meio de estudos publicados em periódicos, o principal motivo que leva a uma pessoa a usar esteróides anabolizantes;
Estudar os efeitos do uso inadequado dos esteróides anabolizantes,
Elaborar um material informativo para esclarecer as pessoas sobre os riscos do uso dos esteróides anabolizantes.
3 METODOLOGIA
O presente estudo aborda o problema do uso abusivo de esteróides anabolizantes utilizando-se de revisão da literatura.
Para o levantamento dos artigos foi feita uma pesquisa nos bancos de dados Scielo e Bireme, utilizando as palavras chave:
• Esteróides anabolizantes;
• Anabolizantes;
• Uso abusivo de anabolizantes,
• Exercício e anabolizante.
• Anabolic steroids;
Para a pesquisa Farmacológica foram utilizados livros de Farmacologia básica e clinica e a USP-DI.
O material informativo foi elaborado com o objetivo de apresentar uma breve introdução do que são esteróides anabolizantes e dar ênfase em suas possíveis reações adversas.
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 Testosterona
A testosterona é o principal esteróide circulante no homem. É sintetizada a partir da molécula de colesterol e secretado pelas células de Leydig no testículo e pelo córtex da glândula supra-renal, respondendo ao estimulo do hormônio luteinizante hipofisário (LH) (fig1). O hormônio e seus derivados ativos são promotores e mantedores das características sexuais masculinas e condição anabólica dos tecidos (fig3).1,2
A testosterona apresenta efeitos em diversos locais no organismo. Os efeitos são promovidos pela própria testosterona ou mesmo pelos seus metabólitos. A metabolização da testosterona pode gerar esteróides ativos como di-hidrotestosterona (DHT) e o estradiol (FIG.1). A testosterona é convertida irreversivelmente em DHT pela enzima 5α-redutase, também é convertida em estradiol pelo complexo enzimático aromatase presente no tecido adiposo e fígado. Esta conversão da testosterona em estradiol corresponde a 85% do estradiol circulante nos homens.6
Figura 1: Formação da testosterona a partir do colesterol
Fonte: http://www.scielo.br/img/fbpe/abc/v79n6/13768f1.gif
A testosterona (FIG. 2) é metabolizada pelo fígado resultando em quatro metabólitos. Sendo que destes quatro, dois são ativos e dois inativos. Os metabólitos ativos são a diidrotestosterona e o estradiol e a androsterona e etiocolanolona são metabólitos inativos.1
Figura 2: Fórmula molecular da Testosterona
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Imagem:Testosterone_structure.png
4.1.1 Efeitos Fisiológicos
Na sua forma livre circulante, a testosterona difunde-se diretamente pela membrana plasmática de células alvo, ligando-se a receptores protéicos intracelulares. Quando o ativo atravessa a membrana gera-se AMPc (Adenosina monofosfato cíclico), que já aumenta o metabolismo celular. No citoplasma o EA ligada ao receptor androgênico especifico vai para o núcleo celular, onde o processo de transcrição gênica inicia-se e conseqüentemente a transdução protéica.3
4.1.1.1 Efeitos anabólicos da testosterona e derivados
O efeito anabólico é o que os usuários esperam quando usam um EA. O efeito anabólico proporciona aumento da massa muscular esquelética pela hipertrofia das fibras musculares, devido ao aumento da síntese protéica intracelular, causada pelo balanço nitrogenado positivo, aumento da fixação de nitrogênio. Os efeitos anabólicos também estimulam a eritropoese facilitando a fixação do oxigênio na hemoglobina que é presente nas hemácias, pelo aumento na síntese de 2,3-difosfoglicerato (responsável pela fixação de O2 na hemoglobina).4
4.1.1.2 Efeitos androgênicos da testosterona e derivados
Os efeitos androgênicos dos esteróides anabolizantes são responsáveis pelas características sexuais masculinas como maturação dos órgãos reprodutores, crescimento de pêlos pelo corpo, mudança de voz, aumento da atividade de glândulas sebáceas e principalmente mudanças psicológicas e comportamentais.2,4
4.2 Uso clínico de Esteróides Anabolizantes
EA são usados em deficiências androgênicas como o hipogonadismo, puberdade e crescimento atrasados, retardo no crescimento do pênis em neonatais, no tratamento da osteoporose, anemia causado por falha na medula óssea ou nos rins, câncer de mama quando avançado e até mesmo em situações de obesidade. Um recente tratamento de sarcopenia com EA tem sido efetuado nos Estados Unidos da America.7
Os EA também são utilizados no tratamento de pessoas com câncer e AIDS em estágios avançados (condições crônica e desgastante), devido seu efeito anabólico.7
Em questão de eficiência anabólica, a testosterona não é muito eficiente, quando ingerida ou mesmo injetada, pois a mesma é metabolizada rapidamente. Para se obter efeitos prolongados da testosterona, modificou-se sua estrutura química (FIG. 3). A molécula de testosterona foi alquilada na posição C17 (formando esteróides orais de catabolismo retardado) e esterificação na posição C17 (formando esteróides anabolizantes injetáveis mais lipofílicos).1,2,4,6
Figura 3: Derivados sintéticos da testosterona; locais onde a molécula sofre alquilação ou esterificação.
Fonte: http://img49.imageshack.us/img49/808/figure38ie.gif
4.3 Esteróides anabolizantes
Esteróides anabolizantes são produtos naturais ou sintéticos, que visam apresentar o efeito anabólico da testosterona, os mesmos são promotores e mantedores de características associada a masculinidade. São derivados sintéticos da testosterona. Toda esteróide anabolizante apresenta efeito anabólico e androgênico.4,5
Os esteróides anabolizantes de ultima geração visam acabar com efeitos andrógenos, mas por enquanto os “novos” conseguem apenas diminuir tais efeitos. 4,5
Os principais esteróides anabolizantes usados no Brasil são a testosterona, nas formas de isocaproato de testosterona e cipionato de testosterona, e a nandrolona, nas formas de decanoato de nandrolona e fenpropionato de nandrolona.7,9,11
4.4 Reações Adversas dos EA Sintéticos
Igualmente aos efeitos anabólicos e androgênicos, as reações adversas (RAM) são diretamente proporcionais e dependentes da concentração, freqüência e duração.8,12
São muitas as RAM dos esteróides anabolizantes. Os efeitos do uso são classificados em imediatos ou agudos e efeitos retardados ou de longo prazo, que são os mais nocivos a saúde. As RAM são classificadas também em comportamentais e fisiológicos.7
4.4.1 Alterações comportamentais
Os EA são agentes causadores de síndromes comportamentais de risco. Levam a irritabilidade, hostilidade e a atos de agressividade como brigas e crimes de vandalismo. Sintomas cognitivos são comuns como distração, esquecimento e confusão mental.7,9,10
Os efeitos psicológicos são separados em três grupos. No primeiro grupo, são descritos os efeitos imediatos (primeiras doses), como euforia, autoconfiança, auto-estima e entusiasmo elevados, aumento de energia física e mental, e principalmente diminuição da fadiga, sono e dor.9
No segundo grupo são descritos os efeitos dos EA após altas doses por longo período. Os usuários apresentam perda da inibição e alteração no humor: irritabilidade, hostilidade e raiva excessiva.9
O terceiro grupo descreve os efeitos graves, eles acontecem quando esses sentimentos de agressividade se manifestam em atos de violência e ataques de fúria, que podem gerar abusos físicos e levar ao suicídio.9
4.4.2 Alterações fisiológicas
A maioria dos efeitos considerados adversos provenientes do uso de EA são os efeitos causados por sua ação androgênica. Quando se usa o EA para uso não clínico, tem-se a intenção de obter efeitos anabólicos.8,12
O uso contínuo de EA causa alterações físicas como aumento da massa óssea, principalmente os ossos da face, os ossos se tornam mais densos (largos), sem alteração de comprimento, tornando a face do usuário com aparência “quadrada”.11
Os EA elevam a pressão arterial, aumentam os níveis de LDL ao mesmo tempo em que abaixam os níveis de HDL, causando a longo prazo, doenças cardiovasculares. 3,5,9,10,11
Níveis elevados de EA podem levar ao metabólico DHT (di-hidrotestosterona) responsável pela calvice precoce e pode acelerar o aparecimento ou mesmo causar o câncer de próstata.9
Os EA estimulam as glândulas sebáceas, provocando problemas relacionados a acne.9,10,11
“Um jovem alemão sentiu literalmente na pele o preço do uso de anabolizantes para aumentar músculos. As drogas (250 mg de enantato de testosterona e 30 mg metandienona, duas vezes por semana) induziram o surgimento de uma forma severa de acne, que criou feridas profundas, com abcessos e pústulas, em seu peitoral e nas suas costas. O rapaz de 21 anos também apresentava febre, encolhimento de testículos e redução na concentração de espermatozóides. Todos os sintomas desapareceram com a interrupção do uso dos esteróides e com a ajuda de antibióticos. As cicatrizes, no entanto, vão ficar para sempre.”15
O uso abusivo de EA leva a um quadro de hepatoxicidade e pode causar câncer hepático. Os derivados mais nocivos ao fígado são os 17-alfa-alquilados presente nos anabólicos orais, os mesmos evitam a destruição do hormônio pelo sistema digestivo.9,12
Os anabolizantes podem modificar os níveis dos hormônios sexuais masculinos pela diminuição dos hormônios folicular (FSH) e luteinizante (LH) e por meio de seus vários efeitos sobre a testosterona e estrógeno. Os homens podem desenvolver a ginecomastia em decorrência dos altos níveis de estrogênio circulante, proveniente da conversão de testosterona em estrogênio pela enzima aromatase.5,9,12
A disfunção erétil está relacionada ao uso abusivo e em longo prazo. Com o fornecimento de grande quantidade de hormônio masculino testosterona ou derivados sintéticos, os testículos atrofiam e diminuem a produção fisiológica, comprometendo também a espermatogênese e prejudicando a fertilidade do homem.5,9,10,12
Em mulheres acontecem alterações do tipo de masculinização como, aumento no crescimento de pêlos pelo corpo, atrofia das mamas, a voz fica mais grave e há aumento do tamanho do clitóris, diminuição da libido além de alterações no ciclo mestrual.5,9,12
O uso de EA por adolescentes pode causar a maturação esquelética de forma precoce. Esta maturação precoce, interfere no crescimento normal do individuo, levando o mesmo a ter uma menor estatura. Tal uso também antecipa a puberdade, conseqüentemente a um crescimento raquítico, acne exagerada, calvície precoce, e alterações no sono.5,12
4.5 Origem do uso não clínico dos EA
O uso de EA sintéticos teve inicio na década de 50, os primeiros usuários foram os levantadores de peso e os fisiculturistas. Começaram a usá-los para conseguir um aumento de massa muscular e peso corpóreo.13
Porém, a partir de 1976, nas olimpíadas de Montreal, por razões éticas e devido a inúmeros efeitos nocivos, os EA foram proibidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Em seguida essa prática foi inibida no meio dos atletas profissionais.13
No Brasil o uso de EA são considerados ilegais em competições esportistas desde de 10 de julho de 1985, seguindo Portaria 531 do MEC,que por sua vez segue as diretrizes da legislação internacional.5
4.6 Epidemiologia do uso de EA Sintéticos
Nos Estados Unidos cerca de três milhões de homens e mulheres utilizam os EA para melhora de performance física. 67% dos atletas de elite fazem uso dessas drogas, já o uso anabolizantes pelos atletas amadores está entre 1 e 5% da população, entre alunos do segundo grau, está entre 0,5% a 3% em garotas com idade entre 15 e 19 anos e 1 a 12% em homens com idade entre 15 e 19 anos.6
No Brasil, em um estudo realizado com praticantes de musculação de Porto Alegre mostrou uma prevalência de 11,1% de usuários de EA.6
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para fundamentar a discussão sobre este tema, extraíram-se frases de freqüentadores de academias de um estudo realizado em Acaraju/SE no ano de 2006 9, de fisiculturistas de um estudo realizado em um bairro popular de Salvador/BA no ano de 2002 11 e notícias relacionadas a danos causados em usuários pelo uso de EA.
Vivemos em uma sociedade, na qual a aparência física é muito valorizada. Sociedade em que o corpo passou a ser um objeto e se tornou em algo modelável por de cirurgias pode-se reduzir a barriga, esticar a pele, levantar o nariz, aumentar os seios e as nádegas, e nesta corrente está o uso de EA, os quais proporcionam um aumento da massa muscular de forma rápida. 9
“Algo pra gente ficar forte... os músculos...crescer e engordar rápido”
(Amaro, 21 anos)9
Os usuários de EA geralmente sabem que estão correndo algum tipo de risco quando fazem uso desta classe de drogas, porem a maioria, não sabe quais efeitos adversos que podem ocorrer .Em um estudo realizado em 2005, foi aplicado um questionário em seis academias localizadas em Acaraju/Sergipe, os resultados mostraram que apenas 9% acreditavam que os EA não traziam malefícios a saúde. Outros 91% dos entrevistados indicavam algum malefício ao usuário.9,11
“Todo mundo que começa a tomar esses negócios sabe que corre o risco de não dar certo né, de parar em um hospital, alguma coisa assim. Mas a gente acaba arriscando e tomando”
(fisiculturista 22 anos).11
Em busca do corpo perfeito, indivíduos, principalmente jovens do sexo masculino, se submetem ao uso de EA sem se preocupar com os efeitos adversos já citados, ou mesmo, acham que “vale a pena” correr tal risco, em prol de um crescimento muscular rápido e satisfatório.9,11,12
P: “Qual o risco que você acha que corre?”
R: “O risco que corre é da gente ter um abscesso Tem um colega que teve um abscesso, teve que abrir o braço pra tirar, teve um colega que perdeu a perna tomando injeção localizada na perna. Esses riscos todo a gente sabe que pode acontecer com um da gente.
P: E como é que vocês lidam com esse risco?
R: É aquele tipo, aventura Você pensa: ‘Ah, vou aventurar. Comigo não acontece’. Aí você vê que todo mundo pensa assim”
(fisiculturista, 22 anos).11
O grande problema do uso dos EA é o tempo, freqüência e concentração utilizada. O efeito de uma utilização isolada, em doses para humanos da droga possivelmente não causará malefício grave algum; porém a utilização de EA causa uma dependência psicológica, pois após a interrupção do uso, diminuirá o efeito atingido (massa muscular), o que leva o individuo a usar EA novamente, afim de manter o resultado atingido e aperfeiçoá-lo.11,12,14
“Tem cerca de cinco usuários lá que todos os dias, o dinheiro que pegam é para comprar. Me lembra muito aquele cara fissurado em cocaína que pega qualquer dinheiro e vai comprar um papel seja de que qualidade for. É quase a mesma coisa (...) usam todo dia e ficam naquela fissura, pedem logo a seringa: ‘Vamos logo,vamos logo. Me dê logo aí que eu tomo essa pancada’ (gíria usada para se referir à injeção de drogas)”
(Agente comunitário do CETAD, notas de campo).11
Tanto sabem do efeito maléfico das drogas que usam, que os mesmos “criam” soluções para diminuir os efeitos adversos dos EA. As soluções encontradas são na verdade inúteis, porém o individuo acredita e se diz estar pronto para outra dose de EA.11
“Eles tomam limonada Bezerra, Purgoleite São medicamentos que eu acho que existem prá lavar o organismo, o intestino. Eles acham que tá tirando a sujeira”
(Agente comunitário do CETAD).
P: “Que influência isso tem depois, no uso do anabolizante?”
R: “Eles acham que tão aptos a usar mais, que limpou, lavou tudo, e aí começa a fazer novamente o uso. (...) Isso quer dizer que o corpo tá preparado pra receber...vai fazer mal, mas ele vai resistir”.
P: “O corpo fica mais forte, então?”
R: “Exatamente. Ficou com menos sujeira”
(Agente comunitário do CETAD).11
Além de vários indivíduos, principalmente os da classe econômica menos favorecida, usarem EA veterinários. Esses indivíduos usam tais drogas sem nenhum critério e geralmente em doses “cavalares” o que favorece a manifestação de efeitos adversos graves.11
“Os exames os médicos detectaram um foco de infecção iniciado no braço esquerdo já evoluindo para um quadro de septicemia [infecção generalizada]. Descobriram, também, insuficiência renal... fazia academia há um ano, e nos últimos quatro meses começaram a desconfiar, que Julieber usava anabolizante... Segundo os parentes, ele fazia uso de injeções do medicamento Ivomec, um antiparasitário para bois... ele foi vítima do uso de anabolizantes que comprava pela Internet, escondido da família... de acordo com a matéria o mesmo faleceu aos 26 anos.
O nome do jovem era Julieber Costa Santos.15
Como pode-se perceber acima nos textos extraídos dos estudos, maioria dos usuários de EA são jovens do sexo masculino.Jovens começam a utilizar EA em uma idade de formação corporal, logo o uso destas drogas influenciam no desenvolvimento normal do indivíduo. O uso de EA na adolescência é muito prejudicial pois as mesmas inibem as glândulas responsáveis pela produção endógena de testosterona quando o corpo esta em pleno desenvolvimento, com isto os jovens apresentarão estatura menor do que a natural, calvice precoce e principalmente transtornos psicológicos como agressividade e nervosismo.
Foi elaborado um material informativo, onde descrevem o que são EA seus efeitos fisiológicos com ênfase em suas RAM (APÊNDICE 1). O material informativo vai ser anexado, com autorização previa dos responsáveis, nos quadros de avisos das duas academias localizadas no bairro Vale do Jatobá (academias Fitness e Fit-Full ). O intuito desta publicação é melhor informar os freqüentadores de academia, principalmente os jovens e adolescentes, sobre os riscos que correm ao utilizar qualquer EA.
6 CONCLUSÃO
O ato de usar EA indica uma forma fácil e rápida para se conseguir uma forma física aparentemente melhor. Em academias, onde na maioria dos freqüentadores não são atletas, a justificativa baseia-se em estética, ou seja, em obter uma musculatura maior, “mais inchada”.
Em busca de um corpo “ideal”, muitos indivíduos, principalmente adolescentes e jovens, estão iniciando o uso de EA. A utilização destes hormônios precipita várias RAM logo, quanto mais precoce o uso, mais rápido o desenvolvimento das RAM.
A maioria dos usuários sabe que ao usar algum tipo de EA estão correndo algum tipo de risco, porém não sabem dimensionar este risco. E é neste fato que pode atuar o profissional de saúde: explicando sobre os efeitos clínicos dos esteróides EA e os riscos que correm os indivíduos, ao utilizarem tais produtos sem a necessidade clínica e principalmente de origem desconhecida.
Ao analisar os efeitos dos EA e todos os riscos possíveis e seus supostos efeitos benéficos, pode-se concluir que o uso não clínico, ou seja, o uso sem necessidade, não “vale à pena”.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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11. RIART, Jorge Alberto Bernstein; ANDRADE, Tarcísio Matos de. Musculação, uso de esteróides anabolizantes e percepção de risco entre jovens fisiculturistas de um bairro popular de Salvador, Bahia, Brasil. Cad. Saúde Pública , Rio de Janeiro, v. 18, n. 5, 2002 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2002000500031&lng=&nrm=iso . Acesso em: 02 2008. doi: 10.1590/S0102-311X2002000500031.
12. González Aramendi e José Manuel. Uso y abuso de esteróides anabolizantes acessado dia 05/09/2008 disponível em: http://www.euskomedia.org/PDFAnlt/osasunaz/08/08185197.pdf
13. MARQUES, Marlice Aparecida Sipoli; PEREIRA, Henrique Marcelo Gualberto; AQUINO NETO, Francisco Radler de. Controle de dopagem de anabolizantes: o perfil esteroidal e suas regulações. Rev Bras Med Esporte , Niterói, v. 9, n. 1, 2003 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922003000100004&lng=pt&nrm=iso . Acesso em: 28 Ago 2008. doi: 10.1590/S1517-86922003000100004
14. Sonia Martínez-Sanchís, Alicia Salvador López, María Teresa Arnedo. Dependencia de los esteroides anabolizantes-androgenizantes y mecanismos subyacente, Psicothema, ISSN 0214-9915, Vol. 11, Nº. 3, 1999, páginas 531-544, disponível em: http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=2012473&info=completo, acessado em: 04/09/2008.
15. Uso de anabolizante faz pele de jovem alemão 'explodir' acessado dia 20/08/2008: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL736032-5603,00-USO+DE+ANABOLIZANTE+FAZ+PELE+DE+JOVEM+ALEMAO+EXPLODIR.html.
8- Apêndices
Material informativo sobre EA
Por Everton Ferreira Dal Col
Fonte:http://monografias.brasilescola.com/saude/os-riscos-uso-nao-clinico-esteroides-anabolizantes.htm
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