O aumento da produção hormonal nas gestantes gera, entre outras coisas, retenção de líquidos e, como consequência, o inchaço. Com o passar dos meses, essa retenção hídrica pode gerar certo desconforto nas mamães. Para atenuar o incômodo, é possível recorrer, com segurança, à drenagem linfática, técnica de massagem que direciona o excesso de líquidos para os gânglios linfáticos, eliminando-os.
— A drenagem linfática manual durante a gravidez traz benefícios para a mãe e para o bebê e pode ser realizada a partir de 12 semanas de gestação ou após liberação médica — afirma a fisioterapeuta dermatofuncional Ana Paula Dellalibera Vaz.
Segundo a especialista, a técnica atua no combate às toxinas e ativa a circulação, o que resulta na diminuição do inchaço das pernas e da sensação de peso e cansaço, eliminação natural do líquido acumulado e melhora da nutrição das células e dos tecidos. Por se tratar de uma técnica de massagem, a drenagem ainda relaxa e alivia tensão e dores musculares.
Além disso, uma vez aprovada pelo médico obstetra, gestante e bebê não correm nenhum risco.
— É importante que a gestante procure um profissional fisioterapeuta dermato-funcional e que já trabalhe com gestantes para fazer a drenagem linfática manual, pois nestes casos a técnica de massagem requer cuidados especiais com posicionamento durante a aplicação e no abdômen e mamas deve-se fazer somente uma hidratação. Lembramos apenas que é necessária aprovação do obstetra, pois nos casos de gravidez de risco, insuficiência renal, trombose, hipertensão descontrolada e algumas outras doenças pré-existentes não é permitido realizar o procedimento — explica a fisioterapeuta.
Para as grávidas, indica-se uma sessão por semana, durante a gestação e no pós-parto, podendo ser realizada mais vezes na semana quando necessário. Porém, os cuidados continuam depois da drenagem.
— É muito importante que a gestante beba cerca de dois litros de água por dia, diminua a quantidade de sal nas refeições, evite frituras e refrigerante, use roupas confortáveis e pratique exercícios físicos (com liberação médica) regularmente com acompanhamento profissional especializado — orienta Ana Paula.
No pós-parto também é permitido fazer uso da técnica, mesmo em partos por cesariana. No caso de parto normal, a drenagem pode começar na mesma semana e em cesarianas o ideal é aguardar a cicatrização do corte, mas sempre lembrando que, também, é necessária a liberação do obstetra.