Bibliotecas, amigas do peito
Vida Saudável

Bibliotecas, amigas do peito


Quando vou ficar mais tempo em um lugar - e saco alguma coisa da língua, claro - uma das coisas que eu faço com muita alegria é me associar à biblioteca mais próxima. Na França é bem fácil, e quando há uma taxa, ela é baixa. Em Lisboa também foi tranquilo, e de graça.

Vocês não imaginam - ou talvez imaginem, sim - a minha felicidade ao entrar no sacrossanto abrigo dos livros (e das revistas. E dos quadrinhos. E dos jornais). Até suspiro de contentamento. Cada biblioteca é diferente, mas todas elas têm suas estantes, suas obras separadas por temas, seu delicioso silêncio.

Na cidades francesas em que fiquei um mês, frequentei bibliotecas monumentais, mas aqui em Nancy a mais próxima (um quarteirão e meio!) é bem pequetita. Não está nem informatizada ainda. Não tem cartão de associado, mas uma bonita ficha amarela de papel. O bibliotecário que fez minha inscrição foi me apresentar o estabelecimento - e foi coisa de meia dúzia de passos e dois minutos.

Mas não tem problema. Estou ficando só duas semanas aqui, e a biblioteca Trois Maisons - que fica ao lado do colégio do mesmo nome - é mais que suficiente pra mim. Voltei pra casa carregada com os 12 documentos que posso pegar de cada vez: 8 livros e 4 revistas, para treinar o francês e a cultura francesa. (Na França, as revistas femininas são feministas, gente! Dá pra ler sorrindo em vez de rangendo os dentes.)

No Brasil, eu frequentava a biblioteca dos colégios e da universidade (no dia em que descobri a da faculdade de Letras da UFMG, fiquei em estado de graça), mas nunca as públicas. Então, nem sei dizer se são boas. É uma mancha no meu currículo, que pretendo retificar assim que eu voltar.


Meu amor por livros não diminuiu, mas não queria voltar a ter uma "bibliotequinha particular" física em casa. É tentador, mas um armário grande cheio de volumes a que basicamente só eu e o Leo tínhamos acesso não faz mais minha cabeça. Para o futuro, vejo livros digitais e bibliotecas, muitas bibliotecas.



loading...

- Ler Os Livros Que Já Tenho, Sem Comprar Outros
Sou uma amante de livros. Já superei a fetichização dos livros de papel, e tenho vivido feliz sem precisar possuir e consumir tais objetos. Leio no kindle, leio livros emprestados, dou para os outros os que eu já li. Mas foram anos de fetichização....

- Comprar X Emprestar
Aqui do lado do nosso apartamento de Strasburg tem uma imensa loja de livros de segunda mão. Ela se chama "Au marché des livres", é ampla, iluminada, lindamente organizada e ocupada quatro grandes vitrines. Na França, livros (em geral) não são caros....

- O Que Faço Com O Tempo Que Ganhei
Uma das vantagens de uma vida mais simples é abrir espaço para as atividades que a gente gosta - e que não são necessariamente aquelas que nos fazem avançar na carreira ou ganhar mais dinheiro. Eu gosto de aprender línguas (na verdade, língua -...

- Desapegando Dos Livros
Um dos meus maiores pontos fracos na busca pelo minimalismo é me desapegar dos livros. Eu tenho todo aquele fetiche com livros. Ter uma biblioteca em casa é meu sonho desde criança. Eu lembro que ficava maravilhada quando, em "A Bela e a Fera" da Disney,...

- Como Se Desfazer De Sua Biblioteca Sem Sofrer
Não dá, né, gente? Para se desfazer de seus livrinhos sem dor. Mas acho que dá pra ser com um mínimo de choro e ranger de dentes. Aqui vai o meu método (aberto a sugestões):  Passo 1: Reflita sobre o fato de que o importante não...



Vida Saudável








.