Vida Saudável
1 ano sem comprar!
Em agosto do ano passado, decidimos parar de comprar. Para economizar, para não juntar mais objetos, para aprendermos a viver com menos - todos ótimos motivos.
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Fiquei calmo e não compre! |
As regras são simples. Só pode:
1) comida
2) produtos de limpeza
3) remédios
4) material de estudo
5) presentes (para os outros)
6) necessidades do sabático
Demos umas escorregadas, é verdade. Quando viajamos em outubro, acabamos comprando livros. Eu comprei também um blazer preto e um xampu para cabelos brancos. O blazer é utilíssimo para trabalhar, mas os cabelos brancos que estavam ameaçando chegar desistiram (ou seja: eu devia ter esperado ter mais de um ou dois na cabeça antes de arrumar um xampu pra eles!). Ah, também torrei 40 reais em materiais (papel contact + estilete) para decorar o novo apê.
Teríamos comprado outras coisas, desnecessárias, se não estivéssemos "de altas" do consumo:
1) uma botinha para viajar no fim do ano passado. Usei a que eu já tinha (sim, eu tinha uma bota preta e queria comprar outra, só porque o modelo era diferente).
2) um HD externo. Estava na promoção, e ficamos tentados, mas concluímos que os HDs que temos (externos e internos) são suficientes para guardar nossos documentos digitalizados.
3) um cesto para roupa suja. No apê antigo, a gente jogava as roupas usadas dentro da máquina de lavar. No novo não tem máquina. Pensamos em adquirir um cesto, mas acabamos usando um balde que fica debaixo do tanque. Quando acumula o suficiente levamos para a lavanderia (em um saco, não no balde. Se bem que a ideia não é ruim, não).
O que aprendi
Eu não me considerava uma pessoa consumista, e achava que ia ser moleza. A proibição me fez perceber que eu gostava de uma comprinha, sim. Principalmente em liquidações. Tive momentos em que me senti uma coitadinha (pura manha, claro).
Descobri que fico encantada com a possibilidade de fazer "um bom negócio": promoções e descontos são comigo mesmo. Mas é claro que não é um bom negócio se vou usar pouco ou nada. Estou feliz de estar perdendo esse hábito.
Gostei de perceber que não fazer compras estimulou minha criatividade. Deixei o quarto-e-sala com a nossa cara na base do papel contact, gravuras e capas de almofada que a gente já tinha. (O fato dele ser pequetito ajudou muito na decoração: poucos ambientes para enfeitar!)
E, claro, não comprar ajuda no minimalismo: é mais fácil diminuir as posses se a gente não está adquirindo novas o tempo todo.
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