Tema de Destaque de Abril
Vida Saudável

Tema de Destaque de Abril


  Ø  A Gripe pelo Vírus H1N1

·      O Vírus da Gripe[1]
Neste início do ano de 2016, o número de casos de Influenza, gripe sazonal, ou simplesmente gripe, foi maior que nos anos anteriores, mostrando que o início da temporada da gripe se iniciou mais precocemente. A influenza é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação pode vir a ser pneumonia.
A doença inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os outros sintomas tornam-se mais evidentes com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. Algumas pessoas, como idosos, crianças de até 4 anos e gestantes, por exemplo, possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza.
São conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias[2]. Esses vírus são altamente transmissíveis e podem sofrer mutações.
Atualmente, influenza A (H1N1 e H3N2) são os subtipos sazonais em circulação no planeta.

·         Transmissão[3]
A influenza humana pode ser transmitida de forma direta, por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa infectada que, ao falar, espirrar, ou tossir, dispersa gotículas de saliva e secreções que contém o vírus. As mãos também são fonte de infecção indireta: após contato com as superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carregar o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos. Por isso, é muito importante a higiene das mãos para evitar a transmissão da gripe. A transmissão direta inter-humana (ou seja, de pessoa-a-pessoa), é a mais comum, mas também pode ocorrer a transmissão direta do vírus de aves e suínos para seres humanos.

·         Tratamento
O Ministério da Saúde e as sociedades médicas indicam – além do tratamento sintomático, repouso e hidratação – o uso do antiviral Oseltamivir, que proporciona a redução da duração dos sintomas e, principalmente, a redução da ocorrência de complicações da infecção por este vírus. O Oseltamivir, cujo nome comercial é Tamiflu, é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e também pode ser adquirido nas drogarias. Porém, uma receita médica é requerida para ter acesso ao medicamento. Portanto, é muito importante ter o diagnóstico médico da gripe antes de adquirir o medicamento.

·         Prevenção
A vacinação é a intervenção mais importante na redução do impacto da influenza, pois se não impede a transmissão, diminui a gravidade da gripe e, portanto, as chances de complicações e óbitos. Devido à antecipação da temporada da gripe, o Ministério da Saúde iniciou o envio da vacina contra a influenza aos Estados no início de abril. Nas três primeiras remessas (1º a 15 de abril), os Estados recebem 25,6 milhões de doses, que correspondeu a 48% do total a ser enviado para a campanha deste ano.
A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar suas características com muita frequência. Por isso, a cada ano é necessário que se tome uma nova vacina. A composição da vacina é definida anualmente pela Anvisa, após avaliar os dados epidemiológicos e os subtipos virais que estão em circulação no mundo. A vacina deste ano, fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde para a população sob maior risco, protege contra a influenza A, cepas H1N1 e H3N2 e contra a influenza B.
Tem prioridade para se vacinar gratuitamente: crianças de 6 meses a menores de 5 anos; gestantes; trabalhadores de saúde; povos indígenas; indivíduos com 60 anos ou mais de idade; população privada de liberdade; funcionários do sistema prisional; pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis; e pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doenças crônicas respiratória, cardíaca, renal, hepática, neurológica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias).
Além da vacina, podemos definir como formas de prevenção: permanência em ambientes arejados, uma boa e frequente higienização das mãos (inclusive com o uso de álcool-gel) e evitar ao máximo o contato das mãos com o rosto (nariz e boca). Ao tossir e espirrar, pessoas com sintomas da gripe devem proteger a boca com um lenço para diminuir os riscos de contaminação do ambiente.

·         Demandas na Ouvidoria
No mês de abril, a Ouvidoria recebeu diversas manifestações[4]sobre o tema. Registramos 32 demandas (1,55% do total), cuja quantidade expressiva (9 demandas) discorria sobre a baixa qualidade de ambiente em hotéis, supermercados, hospitais e clínicas – de maneira que estes lugares estariam propícios à propagação do vírus da gripe. Seguem exemplos:
“Assunto: H1N1
GOSTARIA DE DENUNCIAR A ESCOLA POIS JA HOUVE MAIS DE CINCO CASOS DA GRIPE, ONDE OS ALUNOS ENCONTRAM-SE AFASTADOS E A ESCOLA NEGA OS CASOS.” 

“(...) Nome do Produto e Marca XXX GEL ANTISSÉPTICO PARA AS MÃOS(...) Entramos com o pedido de registro do produto em dezembro de 2014, portanto antes do Despacho nº 202/2015 - DIARE/ANVISA de 02/06/2015 e até o momento a situação do produto encontra-se "AGUARDANDO ANÁLISE".
Acreditamos que este produto seja de importância relevante ao mercado e não está sendo encontrado no mercado. Este ajuda a combater a gripe H1N1(...) Agradecemos a atenção. Obrigado.” 

“Caros, sabemos que os casos de H1N1 estão tomando os hospitais do país. O que não queremos é que estes hospitais se torne local de proliferação do vírus. Assim acontece no hospital YYY onde tem 4 casos um já veio a óbito. O pior é que (...) estão sem proteção e treinamento para lhe dar (SIC) com os casos. Não tem máscaras, roupa de proteção tudo esta em falta. Estes pacientes estão em contato com outros e seus parentes sem nenhuma distinção.” 

·         Atuação da Anvisa
O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, esteve em Genebra, Suíça, onde foi eleito, na última terça-feira, presidente do grupo que assessora a OMS para um acordo mundial de preparação em caso de pandemia de influenza[5].
O Centro de Gerenciamento de Informações sobre Emergências em Vigilância Sanitária (eVISA) tem feito o acompanhamento da situação epidemiológica da influenza e promovido a interlocução entre diversas áreas da Anvisa para tratamento do tema.
Como contribuição da Anvisa para a redução dos casos de influenza, a Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) divulgará amplamente uma Nota Técnica para alertar os serviços assistenciais de saúde e as Vigilâncias Sanitárias sobre a importância do uso de equipamentos de proteção individual e lavagem das mãos na assistência aos pacientes com gripe. A prevenção é a principal maneira de combater a gripe sazonal.



[1]Informações captadas diretamente dos portais da Anvisa e Ministério da Saúde, nos seguintes links: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/influenza, em http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home/portosaeroportosfronteiras/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3dzY_2CbEdFAHHjY6k!/?1dmy&urile=wcm%3Apath%3A/anvisa+portal/anvisa/inicio/portos+aeroportos+e+fronteiras/publicacao+portos+aeroportos+e+fronteiras/influenza+humana, em http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/informacoes-tecnicas-influenza, e  em http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/tratamento-influenza.
[2]Epidemias com alcance mundial.
[3]Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home/portosaeroportosfronteiras/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3dzY_2CbEdFAHHjY6k!/?1dmy&urile=wcm%3Apath%3A/anvisa+portal/anvisa/inicio/portos+aeroportos+e+fronteiras/publicacao+portos+aeroportos+e+fronteiras/influenza+humana
[4]Pesquisa efetuada no sistema Ouvidori@tende, para o período de 01/04/2016 a 30/04/2016, com as seguintes palavras-chave: H1N1, influenza, gripe.
[5]Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/201616/diretorpresidente+da+anvisa+e+eleito+presidente+do+grupo+que+assessora+oms+na+preparacao+para+pandemia+de+influenza




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