COQUETEL DE AGROTÓXICOS INGERIDO NO CONSUMO DE FRUTAS E VERDURAS PODE CAUSAR ALZHEIMER E PARKINSON
Vida Saudável

COQUETEL DE AGROTÓXICOS INGERIDO NO CONSUMO DE FRUTAS E VERDURAS PODE CAUSAR ALZHEIMER E PARKINSON



Agrotóxicos

‘Coquetel’ de agrotóxicos ingerido no consumo de frutas e verduras pode causar Alzheimer e Parkinson

Comer cinco frutas e legumes por dia é bom para a saúde. Não tão bom é o “coquetel” de pesticidas ingerido no processo: a mistura dessas substâncias químicas pode multiplicar seus efeitos tóxicos em proporções tão surpreendentes quanto preocupantes, segundo os resultados de um estudo preliminar [A Preliminary Investigation into the Impact of a Pesticide Combination on Human Neuronal and Glial Cell Lines In Vitro] publicado na revista científica “PloS One”. Matéria [L'inquiétant effet cocktail des pesticides sur nos cellules] de Grégoire Allix, Le Monde, no UOL Notícias.
Os testes toxicológicos sistemáticos conduzidos dentro do regulamento europeu Reach visam às substâncias uma por uma. “Sabe-se muito pouco sobre seus efeitos combinados, sendo que somos literalmente cercados por combinações de venenos”, explica o principal autor do estudo, o toxicólogo Michael Coleman, da Universidade de Aston, na Inglaterra.
Sua equipe comparou o efeito isolado e o efeito combinado, sobre células de nosso sistema nervoso central, de três fungicidas encontrados com frequência nas prateleiras de hortifrúti: o pirimetanil, o ciprodinil e o fludioxonil.
Resultado: os danos infligidos às células são até vinte ou trinta vezes mais graves quando os pesticidas são associados. “Substâncias que são conhecidas por não afetarem a reprodução humana e o sistema nervoso e não serem cancerígenas, combinadas possuem efeitos inesperados”, resume um dos autores do estudo, o biólogo molecular Claude Reiss, ex-diretor de pesquisa do CNRS e presidente da associação Antidote Europe.
“Observamos o agravamento de três tipos de impactos”, detalha o pesquisador francês: “A viabilidade das células é degradada; as mitocôndrias, que são as ‘baterias’ das células, não conseguem mais alimentá-las com energia, o que desencadeia a apoptose, ou seja, a autodestruição das células; por fim, as células são submetidas a um stress oxidante muito poderoso, possivelmente cancerígeno e que pode levar a efeitos em cascata”.
Entre as possíveis consequências de tais agressões sobre as células, os pesquisadores citam o risco de uma vulnerabilidade crescente a doenças neurodegenerativas como o Mal de Alzheimer, de Parkinson ou a esclerose múltipla. “Nosso estudo aborda um pequeno número de substâncias, trazendo mais perguntas do que respostas, mas esses efeitos foram evidenciados em doses muito pequenas, concentrações próximas às encontradas em nossos alimentos”, observa o professor Coleman.
O cientista considera urgente popularizar esse tipo de teste, apesar das milhares de combinações possíveis: “Isso permitiria determinar se as misturas são nocivas, para ajudar os agricultores a escolher os produtos que eles utilizam”. O fato de conduzir esses estudos em células humanas e não em ratos, como acontece no procedimento Reach, permitiria diminuir os prazos e os custos, ao mesmo tempo em que fornecem resultados mais confiáveis. “A maior parte das substâncias químicas não são testadas corretamente: não somos ratos de 70 quilos!”, reclama Claude Reiss.
Para o Movimento pelo Direito e pelo Respeito das Gerações Futuras (MDRGF), que cofinanciou o estudo, esses testes são ainda mais necessários pelo fato de que um terço das frutas e legumes fiscalizados pela Direção Geral da Concorrência, do Consumo e da Repressão de Fraudes contém resíduos de vários pesticidas.
“Em 2008, detectamos em um mesmo cacho de uvas os três produtos testados pelo professor Coleman”, lembra François Veillerette, porta-voz do MDRGF. Na época, análises encomendadas pela associação haviam revelado que quase todas as uvas vendidas no grande varejo continham múltiplos pesticidas, totalizando oito substâncias diferentes por cacho, em média.
A associação pede para que a Comissão Europeia “lance sem demora uma estratégia de avaliação global das misturas de produtos químicos” e que “abaixe significativamente os limites máximos de resíduos tolerados nos alimentos, em um cuidado elementar de precaução”.
Tradutor: Lana Lim
A Preliminary Investigation into the Impact of a Pesticide Combination on Human Neuronal and Glial Cell Lines In Vitro
PLoS ONE: Research Article, published 03 Aug 2012 10.1371/journal.pone.0042768
EcoDebate, 10/08/2012



loading...

- Novas Pesquisas Relacionam DoenÇas Mentais E SuicÍdio De Agricultores A Uso De Pesticidas
Novas evidências relacionam doenças mentais e suicídio de agricultores a uso de pesticidasBrian Bienkowski | Environmental Health News | Los Angeles - 18/10/2014 -  Testes com animais demonstram alteração no funcionamento de células nervosas;...

- Estudo Diz Que Curry Pode Ajudar CÉrebro A Se Regenerar
O açafrão-da-terra, usado no curry, pode ajudar a reparar lesões no cérebro Estudo diz que curry pode ajudar cérebro a se regenerar Um estudo alemão sugere que o famoso molho indiano curry pode ajudar a combater doenças...

- Pesticidas Podem Aumentar O Risco De Alzheimer,sugere Estudo
Pesticidas podem aumentar risco de Alzheimer, sugere estudoCientistas descobriram que substância presente no DDT apareceu em concentrações quatro vezes maiores em pacientes com Alzheimer As pessoas que sofrem de mal de Alzheimer podem ter níveis...

- Pesticidas Provocam Pandemia De Autismo,diz Especialista Em SaÚde Infantil
Pesticidas provocam pandemia de autismo, diz especialista em saúde infantilEstudo de um dos maiores especialistas do mundo e de outros cientistas comprovam a relação entre a exposição de grávidas a essas substâncias e falhas no desenvolvimento...

- Vinho Tinto E ChÁ Verde Contra O Mal De Alzheimer
 Vinho tinto contém resveratrol, substância que, em laboratório, anulou ação de aglomerado de proteína que causa o mal de AlzheimerGuilherme Leporace Vinho tinto e chá verde contra o mal de AlzheimerSubstâncias das duas bebidas foram capazes...



Vida Saudável








.